O diretor de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Carlos Sperotto, defendeu nesta segunda-feira que o Brasil suspenda o comércio com a Argentina até que sejam estabelecidas regras claras para as transações comerciais entre os dois países.
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Ele comentou a decisão do secretário de Comércio da Argentina, Guilhermo Moreno, que teria se reunido com diretores dos supermercados e anunciado a proibição de entrada de alimentos importados que tenham similares produzidos localmente. A medida valeria a partir de 1º de junho.
Ainda sem saber oficialmente sobre as restrições impostas pela Argentina, Sperotto disse que o veto é uma medida “impensada”. Ele lembrou que o comércio entre os dois países segue “equilibrado”, mas ressaltou que a decisão da Argentina não o surpreende.
– A Argentina é sempre uma caixa de surpresa – disse.
O representante da CNA defendeu que o Brasil tome medida “similar”, ou seja, imponha restrições às importações de produtos argentinos, especialmente arroz e trigo.
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– É preciso parar o comércio, colocar estacas para forçar a Argentina a negociar – completou.