O Conselho Monetário Nacional (CMN) decidiu hoje fixar em 4,5% a meta de inflação para 2012, com variação de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. A meta tem sido mantida desde 2005.

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A meta de inflação definida pelo CMN tem de ser cumprida pelo Banco Central. Quando isso não acontece, a autoridade monetária precisa informar, por carta, ao Ministério da Fazenda, os motivos do não cumprimento.

O secretário-adjunto de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Gilson Bittencourt, explicou hoje que o Conselho Monetário Nacional (CMN) entendeu que, embora a inflação deste ano esteja um pouco acima do centro da meta, a tendência é de baixa e, por isso, ela deve convergir até o final do ano.

– O Conselho Monetário Nacional entendeu que daria para manter a meta de inflação (2012) no mesmo patamar atual – afirmou o secretário.

Segundo ele a decisão foi tomada com o foco na inflação. O secretário evitou fazer uma avaliação mais ampla, considerando o ritmo de crescimento econômico. Bittencourt informou também que o CMN confirmou o centro da meta de inflação para 2011 em 4,5%, com uma variação de dois pontos porcentuais para baixo ou para cima.

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Bittencourt disse que o CMN considerou a meta de inflação de 4,5% e o risco país de 150 pontos-base para manter em 6% ao ano a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) para o terceiro trimestre de 2010.

– Por ser uma taxa de longo prazo, não consideramos apenas a expectativa do momento – disse o secretário.

Segundo ele, o risco país é um mix da média dos últimos meses, com a expectativa futura. Ele disse também que para fixar a TJLP o governo trabalha com o horizonte de um a 10 anos, que corresponde ao período da maior parte dos financiamentos do BNDES. A TJLP é a taxa utilizada pelo BNDES para corrigir os financiamentos do banco e é fixada a cada três meses pelo CNM.