O lobby dos clubes europeus junto à Fifa e Uefa deu certo. Os times conseguiram um aumento na premiação por cessão de jogadores para a Copa do Mundo e Eurocopa, assim como mais representatividade no comitê executivo da entidade europeia.

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– Estamos felizes com este resultado – afirmou à imprensa o presidente da Associação Europeia de Clubes, Karl-Heinz Rummenigge, ao final da assembleia geral realizada em Estocolmo, na Suécia.

Para as Copas do Mundo da Rússia 2018 e Catar 2022, os clubes que cederem jogadores para estas competições dividirão um total de 209 milhões de euros por torneio, ou seja, o triplo do que receberam depois da Copa no Brasil 2014.

No Mundial do ano passado, por exemplo, Bayern de Munique e Manchester United cederam, cada um, 14 jogadores para diferentes seleções.

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Pela disputa da Eurocopa 2020 (que será organizada em várias cidades do continente), os clubes receberão pelo menos 200 milhões de euros, ao invés dos 150 milhões que serão pagos na Eurocopa da França 2016.

A mudança de postura da Fifa em relação ao aumento da premiação contradiz a declaração do secretário-geral da entidade, Jérôme Valcke, que, há pouco mais de um mês, afirmou que “não haverá compensação financeira”, após os clubes europeus pedirem indenização pela mudança da data de disputa do Mundial do Catar, que será realizado em novembro e dezembro.

Ao ser perguntado qual candidato à presidência da Fifa a associação europeia de clubes apoiará, Rummenigge respondeu que o órgão representante dos clubes não terá nenhuma preferência antes das eleições, convocadas para o dia 29 de maio.

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– Sempre tivemos uma boa relação com o atual presidente da Fifa, o suíço Joseph Blatter, candidato a um quinto mandato, mas isso não quer dizer que vamos apoiá-lo. Nós não votamos – declarou.

Os adversários de Blatter na briga pela presidência da Fifa são o príncipe jordaniano Ali bin al-Hussein, um dos atuais vice-presidentes da entidade, o presidente da Federação Holandesa, Michael van Praag, e o ex-jogador português Luis Figo.