Os clubes integrantes da Primeira Liga divulgaram, nesta terça-feira, um manifesto no qual divulgam uma lista de 10 reivindicações para a mudar a forma de gestão da CBF. Um dos principais pontos é o reconhecimento da legitimidade dos clubes de criarem uma liga nacional, para organizar as Séries A e B a partir de 2017. As equipes falaram também em vender o avião da CBF, para que o dinheiro seja destinado a um fundo de desenvolvimento do futebol. O documento será enviado durante esta semana à CBF.

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– Boa parte disso o Flamengo já tinha proposto na eleição do Coronel Nunes. Entendemos que seja uma coisa positiva. Queremos o reconhecimento do direito de os clubes criarem a liga, os clubes querem ter um papel relevante, preponderante, nas decisões, sem ficarmos restrito ao atual sistema de poder – afirmou Eduardo Bandeira de Mello, presidente do Flamengo.

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Atualmente, a Liga é composta por 11 dos 20 clubes da Série A do Brasileirão. Alguns presidentes já tinham falado individualmente sobre o desejo de que fosse criada uma liga nacional, mas esta foi a primeira manifestação em bloco sobre o assunto desde que a CBF autorizou a realização do torneio.

– Nós queremos que a Liga cresça, é um embrião para a Liga nacional. Como é previsto no estatuto. Como já é interestadual, falta pouco para isso acontecer. A CBF tem comissão para discutir a reforma, e apresentamos isso. Será encaminhado ao secretário-geral da CBF – afirmou o presidente do Avaí, Nilton Macedo, vice-presidente da Liga.

Confira as 10 propostas apresentadas no manifesto da Primeira Liga:

10 PROPOSTAS PARA MUDANÇAS NA CBF

1. Sistema eleitoral. Candidatos à presidente necessitariam do apoio de 5 entidades, entre clubes e federações, para inscrição no processo eleitoral.

2. Transparência. Contratação imediata de uma empresa de auditoria (big four) para análise de todos os negócios e contratos da CBF a fim de apurar as suspeitas de corrupção.

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3. Proibição de cumulação de cargos. Impossibilidade de detentores de mandato eletivo e ocupantes de cargos na administração pública, federações e clubes de participarem da Presidência e Diretoria da CBF.

4. Apoio ao futebol. Venda imediata do avião da CBF e destinação dos recursos arrecadados a um fundo de desenvolvimento do futebol.

5. Política salarial. Proibição quanto a fixação do salário de presidente pelo próprio presidente, definição da remuneração por empresa independente e publicação de salário da presidência e diretoria.

6. Legalidade. Reconhecimento do direito dos clubes da série A e B de participarem da assembleia administrativa da CBF, segundo o disposto na Lei 13.155

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7. Ética. Criação de um conselho de ética formando por pessoas independentes e reconhecidas nacionalmente por suas posturas profissionais, com ampla liberdade de investigação.

8. Liga. Reconhecimento do direito dos clubes criarem a liga nacional para a gestão das duas principais séries do futebol brasileiro a partir de 2017.

9. Gestão. Definição de critérios rigorosos de ética na análise da elegibilidade de concorrentes a cargos eletivos e da admissibilidade no provimento dos cargos executivos e técnicos.

10. Compras e patrocínios. Adoção de manual de procedimentos para a compra de produtos ou serviços, bem como para a negociação de patrocínios, que estimulem a competição e a transparência.

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*LANCEPRESS