Em sete anos sem poder vender bebidas alcoólicas durante os jogos, os clubes catarinenses da Série A do Brasileiro são unânimes em afirmar que deixaram de arrecadar em função da proibição. Avaí, Chapecoense, Figueirense e Joinville têm na calculadora o tamanho do prejuízo. Por isso, todos os presidentes têm opinião favorável à volta da cerveja.
Continua depois da publicidade
Disputa pela volta da cerveja aos estádios é a nova polêmica no futebol de SC
Entenda a proibição da cerveja em SC e como é a lei em outros Estados
Especialistas dividem opiniões sobre a volta da cerveja aos estádios de SC
Continua depois da publicidade
Você a favor ou contra a venda? Participe da enquete:
O DC Esportes quer saber sua opinião sobre a polêmica da venda de bebidas alcoólicas nos estádios de futebol em SC
– DC Esportes (@esportesdc) 5 novembro 2015
– O que se fala muito extraoficialmente entre os clubes é de uma queda de 30% a 35% de público que deixou de ir ao estádio por não poder tomar sua cervejinha para ficar em casa bebendo e assistindo pela TV – afirma o presidente em exercício da Federação Catarinense de Futebol (FCF), Ericsson Luef, que intermediou, a pedido dos clubes, a discussão do tema na Assembleia Legislativa.
– Temos o exemplo da Copa do Mundo, em que não houve problemas. Já, inclusive, manifestei ao Ministério Público que sou favorável. Hoje, os torcedores bebem antes e já vêm alcoolizados para o estádio – opina Nereu Martinelli, presidente do Joinville.
Continua depois da publicidade
Entenda os dois projetos de lei que regulam volta da cerveja em SC
Liberação de cerveja nos estádios catarinenses é tema de projeto de lei
Miguel Livramento: “Não bebo, mas sou a favor da liberação da cerveja”
O time do Norte do Estado é o único que não apresenta números sobre quanto deixa de ganhar. Para os outros, o cálculo está feito. Presidente da Chapecoense, Sandro Pallaoro afirma que hoje há consumo mínimo na Arena Condá de água, refrigerante e cerveja sem álcool, únicas bebidas permitidas. Em caso de aprovação de uma lei estadual, ele calcula que o lucro seria 10 vezes superior.
Por meio da assessoria de imprensa, o mandatário do Figueirense, Wilfredo Brillinger, garante ser favorável à liberação da cerveja. Superintendente administrativo do clube, Alex Tomita fala em perda de R$ 500 mil a R$ 600 mil de arrecadação anual em relação à época em que era permitido vender cerveja.
O presidente do Avaí e da Associação de Clubes Profissionais de SC (SCClubes), Nilton Macedo Machado, faz coro aos colegas, mas em um tom cauteloso. Informa que o Leão deixa de arrecadar no mínimo R$ 35 mil por jogo. Quer voltar a reforçar os cofres do clube, mas prefere esperar pelo fim do impasse no Supremo Tribunal Federal (STF):
Continua depois da publicidade
– O procurador-geral da República apresentou no STF representação dizendo que os Estados não têm competência para legislar sobre a venda de bebidas alcoólicas. Então, entendo que se deva aguardar decisão do STF sobre se pode ou não, até para evitar uma falsa expectativa. (colaborou Elton Carvalho)
Leia a opinião dos representantes dos clubes catarinenses na Série A:
“Todos querem, inclusive eu, mas digo para esperarmos pelo Supremo. Não sou contra, mas aguardo a questão da constitucionalidade”
Nilton Macedo Machado, presidente do Avaí e da SCClubes
“Sem dúvida, a aprovação da lei daria uma receita extra. Em vez de o clube estar ganhando, hoje, são os ambulantes”
Continua depois da publicidade
Alex Tomita, superintendente administrativo do Figueirense
“A questão é liberar a partir de janeiro. Na Copa do Mundo venderam e não teve problema. Por que na Copa pode tudo e fora não pode nada?”
Sandro Pallaoro, presidente da Chapecoense
“Sempre fui favorável à liberação da bebida alcoólica nos estádios, desde que isso seja feito de forma controlada. O ideal é que tenhamos controle e que a PM seja ouvida”
Nereu Martinelli, presidente do Joinville
Continua depois da publicidade