Um novo projeto pode revolucionar a administração do Maracanã. A ideia do presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, é fazer um modelo de operação compartilhada entre os clubes. O objetivo é reunir Flamengo, Fluminense e Botafogo, contratando um prestador de serviço para cuidar da manutenção do estádio – estimada em R$ 4,1 milhões por mês.
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Para que isso ocorra, o governo teria que romper o contrato de 35 anos com o Consórcio Maracanã S/A, o que é possível desde que restitua os gastos já feitos pelo concessionário e assuma os compromissos acertados com fornecedores. Os dirigentes do Flamengo lideram esta negociação e já solicitaram uma audiência com o governador Sérgio Cabral.
A grande insatisfação é com os valores que ficam com o grupo formado por Odebrecht, IMX e AEG. Até agora, o rubro-negro fez apenas 2 partidas no principal estádio da Copa, e colocou os 2 maiores públicos após a Copa das Confederações. Mas, no jogo contra o Botafogo, da renda de R$ 3.082.555,00, o clube ficou com R$ 900.000,00 – já que tem que dividir bilheteria e as despesas do evento com o consórcio. Fluminense e Botafogo fizeram acordos em que podem vender 42 mil ingressos atrás dos gols, mas toda receita de área vip, cadeiras centrais, camarotes e bares fica com os administradores.
Unidos, os clubes têm convicção que podem faturar bem mais. Agora, resta saber se o governo vai concordar, já que o Consórcio Maracanã S/A manifestou sua intenção de seguir na parceria, mesmo sem a demolição do centro de atletismo e parque aquático, que dariam lugar a estacionamento e lojas no entorno do estádio.
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