Em âmbito local e estadual, são intensas as pressões para que o secretário da Saúde, João Paulo Kleinübing (PSD), dispute as eleições para a prefeitura de Blumenau. São três argumentos:

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1) Os filiados que encabeçam as pesquisas de intenção de voto seriam os nomes preferenciais para uma disputa vitoriosa, base fundamental para o projeto eleitoral de 2018, quando estarão em jogo quatro vagas de grande valor estratégico (governador, vice e Senado).

2) O PSD daqui está se desmanchando em intrigas. Dos quatro vereadores que elegeu, três se desfiliaram e o último permanece na sigla porque não viabilizou a transferência em bases seguras para a continuidade da carreira política. Não fosse por isso, hoje o partido não teria mais vereadores no município. Entre os suplentes, o descontentamento é crescente. Em recente reunião do diretório, o termômetro subiu, com declarações pouco republicanas.

3) A falta de horizonte para o futuro abriu as portas para o assédio do PSDB, que avança sobre os quadros vizinhos com a proposta de uma mega aliança que incluiria PSD, PSB e PR. As viúvas da gestão anterior desqualificam a hipótese, mas a base dos três partidos considera a alternativa uma possibilidade eleitoralmente viável. As três condições somadas trazem o ex-prefeito para o centro do debate sucessório.

JPK seria capaz de neutralizar as investidas do PSDB, reverter a divisão interna, agregar aliados de prestígio e pavimentar o caminho para um projeto sólido em curto e médio prazo.

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A direção estadual do PR dá como certa a candidatura de Kleinübing em Blumenau. O esforço do partido se concentra na indicação do candidato a vice. A preferência dos dirigentes do PR aponta para o ex-vereador Marcelo Lanzarin.

Fábio Fiedler anuncia que disputará a convenção do PSD, caso o ex-prefeito João Paulo Kleinubing não seja o candidato do partido à prefeitura de Blumenau. A disposição incendeia o debate no diretório.

::: Leia mais informações do colunista Clóvis Reis

O vereador Beto Tribess, líder do bloco que anunciou sexta-feira o desembarque coletivo do PMDB de Blumenau, junto com o ex-secretário de Desenvolvimento Regional, César Botelho, e outros filiados, estuda convite para ingresso num partido da base de apoio ao governo municipal. Hoje, o caminho se mostra menos congestionado pelo lado do PV.

Napoleão Bernardes (PSDB) tem uma agenda privada com o governador Geraldo Alckmin (PSDB) nesta segunda-feira. No Palácio dos Bandeirantes, os dois conversarão sobre o impacto da crise nacional na formação de alianças para a próxima eleição municipal. Eles já tiveram outro encontro no começo do ano. Blumenau é o maior município do Sul do Brasil sob administração do PSDB.

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