Um clima de relativa expectativa cerca o segundo turno das eleições para prefeito de Blumenau. Em primeiro lugar não está claro para onde irão os 36 mil votos que PCdoB, PDT e PT receberam na rodada que abriu a disputa. A soma seria suficiente para virar o jogo na reta final da campanha. Porém, as legendas apeadas da corrida sucessória não deram indicações de preferência aos seus eleitores e tampouco os candidatos remanescentes acenaram publicamente para uma aproximação.

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Presumivelmente, o contingente de votos beneficiaria a chapa de oposição, mas num contexto em que governo e adversários partilham um passado comum tal transferência não constitui uma aposta segura. Em segundo lugar, o suspense sobre o resultado da eleição reside na reação do público ante uma propaganda que nas últimas semanas ganhou contornos dramáticos. Nos últimos 30 anos, quem bateu mais perdeu a disputa no município e o comportamento das urnas neste fim de semana pode confirmar – ou não – essa regra de etiqueta da campanha.

Em geral, o blumenauense típico adora um resmungo e uma fofoca na privacidade da cozinha, só que reage mal quando o assunto vai para o mundo das aparências na sala de estar. Finalmente, pairam dúvidas sobre o percentual de abstenções, votos brancos e nulos do segundo turno. Por si só, eles não têm força para um impacto direto no desempenho dos candidatos. Entretanto, um eventual incremento na etapa decisiva serve como patamar para que os vencedores ponderem a repercussão das próprias conquistas.

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Na recente conversa com líderes empresariais, os prefeituráveis de Blumenau ouviram queixas sobre as dificuldades para liberação do licenciamento ambiental. Segundo eles, o processo é lento e burocratizado e nos casos de irregularidades não há orientação sobre os procedimentos necessários à legalização dos projetos. Ambos os candidatos se comprometeram com a agilização do processo, ressalvando que parte dos problemas tem como causa as exigências de leis estaduais e federais.

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A prefeitura de Blumenau contratou a pavimentação das ruas Martin Jansen, Rio Bonito e Zenaide dos Santos Souza, beneficiadas com recursos do Ministério das Cidades. Além disso, terminou a concretagem da ponte da Rua Bernardo Reiter, cujo cronograma de trabalho rendeu programa eleitoral da oposição.

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Entre as emendas apresentadas ao orçamento federal de 2017, o senador Dalírio Beber (PSDB) destinou R$ 160 mil para a modernização do batalhão da Polícia Militar de Blumenau e R$ 160 mil para a aquisição de um veículo de resgate para o Corpo de Bombeiros.

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O ex-deputado João Matos (PMDB) cogita deixar em breve a Secretaria de Administração do governo do Estado. Interlocutores próximos dizem que ele sai sem planos definidos, embora não descartem a sua “desaposentação” política. Quando anunciou a retirada, em 2010, o espólio no Alto e Médio Vale passou para o deputado Rogério Peninha Mendonça.