O prefeito Napoleão Bernardes (PSDB) ainda não é candidato a governador, mas a mera especulação sobre a participação dele no processo sucessório foi suficiente para que Blumenau ressurgisse na geografia política do Estado. Desde a década de 1990, o município assume uma condição de coadjuvante na eleição majoritária, papel ameaçado com o recente cortejo de PSD e PMDB para que o prefeito se envolva na composição de uma aliança eleitoral. Entre os nomes disponíveis no PSDB, Napoleão significa um sopro de renovação num quadro que se desgasta com a atuação de velhas lideranças. Ninguém do partido traduz melhor do que ele a promessa de uma novidade nas urnas, apelo crescente do eleitorado num momento de crise política nacional. Jovem, simpático, articulado e bom de voto, o prefeito tem consciência dos desafios que se apresentam no futuro próximo e a eles responde com o habitual entusiasmo, perspectiva que de alguma forma contribui para que se eleve a autoestima de uma região que há anos se debate com a perda de espaço no mapa de Santa Catarina.

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Hoje o prefeito Napoleão Bernardes tem audiência em três ministérios (Defesa Civil, Aviação e Esporte). Amanhã participa do ato em que o presidente Michel Temer (PMDB) sanciona a lei que declara Blumenau a Capital Nacional da Cerveja. No sábado o prefeito profere palestra em Palmas (TO) a convite da Federação das Indústrias e da Agricultura, Fecomércio e Sebrae no seminário “Um mundo em transformação”.

Setores do governo acompanham com atenção a disputa que movimenta o PP na ocupação de espaços na prefeitura de Blumenau. Os suplentes de vereador sinalizam uma debandada em massa, caso os representantes do partido não respeitem os critérios para as nomeações acordados durante o processo sucessório. O presidente Roni Wan Dall ameaça largar a coordenação política se os dois vereadores da legenda não se entenderem.

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A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara de Blumenau recomendou aos vereadores que apresentem na forma de anteprojeto ou de indicação ao Executivo as propostas que eles habitualmente encaminham com a estrutura de projetos de lei. A medida diminuiria o número de proposições inconstitucionais que monopolizam as sessões da CCJ. Na reunião de ontem não foi diferente, mantendo-se a média histórica de matérias que carecem de amparo na Constituição.

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Prefeitos, vereadores, lideranças empresariais e comunitárias participam sexta-feira da reunião que as ADRs de Blumenau e Timbó promovem sobre a criação da região metropolitana. O superintendente da região metropolitana de Florianópolis, Cássio Taniguchi (DEM), falará sobre os benefícios da integração. O secretário executivo da ADR Blumenau, Emerson Antunes (PSC), espera que a discussão facilite a adoção de soluções conjuntas para o transporte coletivo e o turismo.