A campanha se encaminha para a reta final e os candidatos a prefeito de Blumenau ainda não abordaram adequadamente um tema fundamental para a viabilização de seus projetos de governo: como farão a gestão do orçamento num período de forte retração econômica. O debate é árido, mas necessário. O orçamento anual do município gira em torno de R$ 2 bilhões, dos quais cerca de R$ 1 bilhão representa a receita corrente líquida. Desse total, a prefeitura exerce um gerenciamento efetivo de pouco mais de R$ 700 milhões, relacionados aos recursos tributários e às transferências governamentais.

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Ocorre que desde meados do ano passado o desempenho da arrecadação perde sucessivamente para o crescimento da inflação, comprometendo a execução de obras, a manutenção de serviços e o pagamento da folha salarial. Em contrapartida, despesas como os salários registram um crescimento vegetativo de quase 4% (além da reposição da inflação) e já consomem R$ 480 milhões. Neste modelo de receitas variáveis e de custos fixos, os investimentos estão condicionados à disponibilidade de financiamentos, às parcerias com a iniciativa privada e ao mutirão com a comunidade. No linguajar popular se diria que o cobertor está cada vez mais curto ou que a água bateu no pescoço, ou seja, receitas em queda para despesas que não param de crescer.

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O prefeiturável Arnaldo Zimmermann (PCdoB) fez campanha na Rua dos Caçadores, no bairro da Velha, a bordo de uma bicicleta. Segundo ele, o plano de governo da coligação propõe o uso de diferentes alternativas de transporte, com a garantia de espaços mais seguros para o deslocamento de quem pedala a lazer ou usa a bicicleta como principal meio de transporte.

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O prefeito interino Marco Antônio Wanrowsky (PSDB) sancionou a lei complementar que disciplina o acesso à informação, a chamada Lei da Transparência. O texto é resultado de uma parceria com a OAB, a Furb e o Observatório Social.

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O governador Raimundo Colombo (PSD) tem audiência terça-feira com o ministro do Turismo, Alberto Alves, a quem pedirá agilidade na liberação de recursos para a construção do Centro de Eventos de Balneário Camboriú. A obra é resultado de uma parceria entre município, Estado e União. O governo federal assumiu um compromisso de R$ 55 milhões na execução do projeto.