O PSD de Blumenau submete-se a um ingrato exercício de retórica quando diz que não faz parte de um governo do qual o seu próprio vice-presidente, Robinho Soares, é o líder na Câmara de Vereadores. Como um partido não faz parte de uma administração da qual é porta-voz? – eis uma pergunta para a qual a legenda não encontra uma resposta convincente. O PSD não apenas é gestão, como encabeça a representação externa do governo. Um vice-presidente não toma decisões pessoais no exercício do cargo. Tudo que faz a partir da função que ocupa, associa-se ao mandato que o diretório lhe conferiu. Por mais desconforto que a decisão provoque em parte dos filiados, por mais constrangimentos que gere para o lançamento de uma candidatura a prefeito nas próximas eleições, o fato é que hoje o PSD é governo, sim.

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O senador Dalírio Beber (PSDB) apresentou emenda ao orçamento federal destinando recursos à construção da nova ponte do Centro. O novo líder do governo, Robinho Soares (PSD), comemorou a decisão. Ele defende o imediato lançamento do edital da obra, cuja execução tem forte potencial para repercussão nas próximas eleições.

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O vereador Vanderlei de Oliveira (PT) impetrou ação criminal contra o presidente da Câmara de Blumenau, Mário Hildebrandt (PSB). O autor alega que o adversário cometeu calúnia, injúria e difamação no episódio em que o acusou de promoção pessoal no envio de correspondências do gabinete. A iniciativa aprofunda a judicialização do mandato de Mário Hildebrand na presidência, cujo exercício inclui ainda uma ação popular por suposta violação de princípios administrativos e um mandado de segurança que pede a instalação da CPI do Transporte Coletivo. Durante a semana, o presidente comemorou a decisão do Tribunal Regional Eleitoral, extinguindo o processo que pedia a cassação dele por infidelidade partidária (troca do PSD pelo PSB). O relator entendeu que o vereador Ivan Naatz (PDT) não tem legitimidade para o pleito, prerrogativa restrita ao partido e ao primeiro suplente, os quais se mantiveram inertes no prazo legal.

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A prefeitura de Blumenau encerrou o mês de novembro com uma arrecadação de ICMS em torno de R$ 18,9 milhões. Se considerada a inflação do período, em um ano a receita caiu cerca e R$ 4,5 milhões. As perspectivas para 2016 são ainda mais sombrias, o que aponta a necessidade de novos cortes de despesas. No próximo dia 18 a administração quita a segunda parcela do 13º salário e no dia 4 de janeiro deposita a próxima folha do funcionalismo.