Depois de um primeiro turno em que reagiu com discrição aos ataques dos adversários, o prefeito Napoleão Bernardes (PSDB) engrossou a voz contra o PSD no segundo turno da campanha à reeleição. Na propaganda eleitoral gratuita ele disse, com outras palavras, que a saúde de Blumenau não está melhor porque o governo do Estado atrasa o repasse de recursos e acumula uma dívida de R$ 8 milhões, metade para os hospitais e o restante para medicamentos de alto custo e co-financiamento à atenção básica.

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Os ataques atingem diretamente o prefeiturável Jean Kuhlmann (PSD), o secretário João Paulo Kleinübing (PSD) e o governador Raimundo Colombo (PSD), os dois últimos com participação discretíssima na disputa local. O cálculo do qual resultou a investida do prefeito não parece desespero de quem viu a aproximação do adversário, mas um movimento audacioso de alguém que se sente com musculatura para o enfrentamento de interlocutores do andar de cima da política de Santa Catarina. Blindado pela cúpula nacional do PSDB, que baixará em peso no município a partir da próxima semana, Napoleão é uma peça estratégica no xadrez eleitoral que os tucanos montam na geografia das urnas para o futuro, no qual o PSD não parece um sócio preferencial.

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O PCdoB e o PDT vão anunciar antes ou depois do segundo turno quem apoiam nas eleições para prefeito de Blumenau?

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“Independentemente do resultado do segundo turno em Blumenau, uma coisa é certa: a Câmara de Vereadores vai se dividir em dois blocos, o do sim e o do sim, senhor“. Josué de Souza, cientista social.

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O desempenho do PP de Blumenau nesta eleição representa uma espécie de ressureição. O partido elegeu dois vereadores, ficou em segundo lugar em número de votos nominais e integra a coligação majoritária que passou para o segundo turno. Há quatro anos, sob a direção da família Pizzolatti, a legenda garantiu uma vaga na proporcional e morreu abraçada com o PT no primeiro tempo da disputa. A reestruturação do PP prepara o caminho para a campanha do ex-secretário de Administração, Roni Wan-Dall, à Assembleia Legislativa em 2018.

Na última eleição ele fez 18.529 votos. A base reorganizada alimenta a expectativa de um desempenho melhor da próxima vez. A disputa será dura na paróquia, com a perspectiva das candidaturas de Ana Paula Lima (PT) Arnaldo Zimmermann (PCdoB), Ismael dos Santos (PSD), Ivan Naatz (PDT), Marco Wanrowsky (PSDB) e Jean Kuhlmann (PSD), caso não se eleja prefeito.

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A Rua Frei Estanislau Schaette, no Bairro Água Verde, tem tanto remendo que alguns buracos aguardam na calçada a vez para entrar na pista.