Se a divisão de partidos como PSD, PMDB, PDT e PT contribui para a indefinição do cenário sucessório, por outro lado demonstra que as gestões do PSDB não foram suficientes para a conquista de novos aliados na reta final das eleições. O prefeito Napoleão Bernardes (PSDB) elegeu-se com o apoio do DEM e depois conseguiu apenas o ingresso do PP e do PV no governo. Na Câmara de Blumenau, tem uma expressiva maioria de votos, mas a conveniência do apoio à administração não se traduziu numa incorporação orgânica à gestão ou compromisso efetivo com o projeto de reeleição. Ao contrário: há disputas em várias direções.

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A sete meses do chamado às urnas, todos sondam o terreno, sinal de um processo sucessório indefinido, com diferentes possibilidades de acesso ao poder. Se o quadro cria dificuldades para a oposição, tampouco favorece as perspectivas da situação. Militância, nominata de vereadores e tempo de televisão são fundamentais para que o candidato apresente suas realizações e se defenda dos ataques. Com a eloquência da máquina administrativa à disposição, se o cenário apontasse alguma tendência irreversível, era de se supor que mais partidos se postassem ao lado do governo neste momento. Não é o caso. A resistência confirma que a eleição está aberta.

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O vereador Ivan Naatz prepara a saída do PDT. Ele está insatisfeito com os encaminhamentos do partido para a escolha do candidato a prefeito. Ele tem convites do PC do B, do PSB e do DEM, por onde o caminho parece mais descongestionado na relação 2016/2018.

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O professor João Natel (PMDB), pré-candidato a prefeito, reuniu-se com os partidos nanicos, de quem ouviu apelo para que leve o projeto adiante. De um modo geral, a oposição considera fundamental uma chapa do PMDB para a vitória nas urnas.

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O requerimento do advogado Jairo Cunha, para que a OAB intervenha de modo efetivo no inquérito civil que apura denúncia de irregularidades no transporte coletivo de Blumenau, cria uma saia justa para o recém-empossado presidente Romualdo Marchinacki. Ele é procurador de carreira da prefeitura, alvo da investigação do Ministério Público.

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Os vereadores de Blumenau criaram uma comissão que examinará o contrato emergencial do transporte coletivo. A iniciativa partiu de Fábio Fiedler (PSD). Jefferson Forest (PT) já anunciou que pedirá redução da tarifa, reajustada com base em encargos dos quais a prefeitura liberou a nova concessionária.