O nadador Clodoaldo Silva, maior medalhista paraolímpico brasileiro, corre o risco de ficar fora da Paraolimpíada de Pequim. O Tubarão Olímpico, como foi chamado depois das seis medalhas de ouro e duas de prata conquistadas em Atenas, comunicou neste domingo ao Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB) a intenção de não fazer a reavaliação funcional do Comitê Paraolímpico Internacional (IPC, na sigla em inglês).

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Os esportes paraolímpicos têm diversos níveis para classificar as deficiências dos competidores. Representantes de um país cujo nome não foi divulgado apresentaram um protesto no IPC, em junho, para que o atleta brasileiro fosse reavaliado quanto à sua classificação esportiva-funcional.

Clodoaldo não tem alguns movimentos das pernas e lhe falta coordenação motora, em conseqüência de paralisia cerebral durante o parto. Devido ao seu destaque nas competições internacionais, em 2005 ele foi eleito o melhor atleta paraolímpico do mundo pelo IPC. Aos 29 anos, o nadador tem índice para participar de nove provas em Pequim: 50m livre, 100m livre, 200m livre, 150m medley, 50m peito, 50m costas e os revezamentos 4-50 livre, 4-50 medley e 4-100m livre.

O CPB, informou que a classe funcional do atleta já foi mudada antes, quando foi acatado o protesto da equipe espanhola, em dezembro de 2006. Entretanto, com um recurso dos brasileiros, o IPC voltou atrás na decisão.

Em nota, o presidente do CPB, Vital Severino Neto, disse que o comitê fica triste com a notícia, já que Clodoaldo é o atleta mais conhecido e reconhecido da delegação, mas admitiu que a classificação funcional faz parte do esporte paraolímpico e todos os atletas estão sujeitos a passar por ela. Para participar dos Jogos, o nadador brasileiro tem de segunda até quinta-feira para se submeter ao procedimento.

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