A Conci Clínica Médica, onde duas mulheres morreram após fazer uma endoscopia em Joaçaba, no Meio-Oeste de Santa Catarina, foi novamente interditada na manhã desta quarta-feira.
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A nova interdição foi esclarecida em uma coletiva às 10h nesta quarta. Segundo a diretora da Vigilância Sanitária do Estado, foi um equívoco a reabertura da clínica por fiscais da Vigilância Sanitária na tarde de terça-feira. A inspeção na clínica foi feita pouco depois das 7h da manhã, momento em que foi novamente interditada.
Pomada vencida
A morte das duas pessoas pode ter sido consequência da aplicação de um medicamento fora do prazo de validade. Uma pomada de lidocaína usada, vencida em 9 de março, e encontrada no lixo da sala do exame, reforçou a suspeita da polícia. Além de utilizar material inadequado, a clínica não tinha alvará para procedimentos invasivos (internos ao corpo), o que inclui a endoscopia.
Vítimas
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Morreram após o exame a dona de casa Maria Rosa dos Santos, de 57 anos, moradora do bairro Santa Tereza, e a agricultura de Iomerê, no Meio-Oeste, Santa Aparecida Sipp, de 62 anos.
Outras seis pessoas foram atendidas em hospitais de Joaçaba e Videira. Três dos pacientes são de Iomerê, dois são de Joaçaba, um é de Salto Veloso e um de Catanduvas. Esse último não se sentiu mal após o exame, mas foi internado preventivamente.
Estado grave
A estudante Iara Penteado, 15 anos, internada com coma induzido na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) em Joaçaba desde a sexta-feira, após ter várias paradas cardíacas depois da endoscopia, recebe os cuidados de 10 médicos plantonistas.
O coordenador da equipe, Carlos Alexandre Romero de Souza, comentou que estado de saúde é gravíssimo. Ela tem um edema cerebral, que tem causado progressivas perdas ao sistema neurológico.
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