Moradores da Vila União, no Norte da Ilha de Santa Catarina, voltaram a protestar na manhã desta segunda-feira contra uma operação policial realizada no final da tarde de segunda-feira. O repórter da RBS TV, Naim Campos, relata que o clima continua tenso.
Continua depois da publicidade
Há barreira policial no acesso à vila. A carcaça do ônibus queimado por populares na tarde de segunda-feira segue na rua, e peças de alumínio foram levadas por saqueadores.
Os moradores reclamam que houve troca de tiros em horário de grande movimento, inclusive saída de escolares. O comandante do 12º BPM, Sinval Santos da Silveira, nega. Segundo ele, a PM perseguia suspeitos de um assalto na Cachoeira do Bom Jesus quando cinco homens armados pularam o muro de acesso ao kartódromo e dispararam contra os policiais.
Por volta de 10h desta terça, 50 pessoas da comunidade fecharam trecho da Rua Anarolina Silveira Santos. Parte do grupo usava uma camiseta com a foto de Deyvid dos Santos Maranhão, 21 anos, morto pela Polícia Militar (PM) em confronto na noite de segunda. Os manifestantes levaram para o protesto cápsulas de munições que teriam sido disparadas no tiroteio entre suspeitos e policiais.
Diante da exaltação de alguns moradores, a PM chegou a usar gás de pimenta para dispersar o grupo. Depois disso os ânimos se acalmaram novamente. A PM montou uma barreira na entrada da Vila União, onde pretende ficar por tempo indeterminado. A principal reclamação da população é sobre a forma com que os policiais agem no local, acusam a corporação de ser truculenta nas abordagens.
Continua depois da publicidade