As vítimas do suposto golpe coletivo praticado pelo empresário Marcos Antônio de Queiroz em Joinville podem tentar minimizar os prejuízos por meio de uma associação que será criada. A ideia, ainda em discussão, é de que a associação seja um caminho para colocar de pé os empreendimentos vendidos por Marcos Queiroz, além de permitir o acompanhamento dos processos movidos na Justiça.
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O advogado Vanderlei da Rosa, que sugeriu a iniciativa, defende a criação da associação como o meio “mais realista” para os clientes lesados recuperarem parte dos valores investidos. Isto porque há pouca esperança de que, mesmo se for encontrado, o empresário possa devolver o dinheiro recebido – ele não é visto desde 1º de agosto.
Uma proposta, diz o advogado, é dar continuidade aos projetos dos seis empreendimentos vendidos pelo Grupo Marcos Queiroz. Segundo o advogado, os mesmos modelos de prédios poderiam ser construídos em outros terrenos. Caberia à associação buscar financiamentos e garantir que os mesmos clientes comprassem os apartamentos a preço de custo.
Outra opção, defende Vanderlei da Rosa, seria incluir mais apartamentos nos mesmos projetos para vendê-los a terceiros. Assim, o valor extra arrecadado poderia ser distribuído aos clientes lesados.
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– Todos estão conscientes de que será difícil conseguir o ressarcimento por meio do Marcos Queiroz. Juridicamente, sabemos que o processo levará anos – pontua o advogado.
A corretora de imóveis Susy Hiroko, que trabalhou para o Grupo Marcos Queiroz, hoje se dedica a organizar ações na tentativa de reduzir o prejuízo. Segundo Susy, pelo menos 20 vítimas já acenaram a favor da associação.