Quando Cleitinho marcou o gol da vitória do Guarani de Palhoça, no domingo, o dedo indicador, em direção à arquibancada, tinha um alvo: Maria Cláudia Savedra, 42 anos,

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mãe do lateral.

O escarcéu da torcida na comemoração abafou a gritaria dela. Mas assim que o jogo recomeçou, a voz de Maria Cláudia ecoou no acanhado Estádio Renato Silveira. Foi assim do primeiro ao último minuto de jogo.

– Vai lá, Cleitinho! Coisa linda, fui eu que fiz esse menino!

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É ela a grande incentivadora do lateral de 19 anos, que ainda mora com os pais. O futebol está sempre em pauta na casa dos Savedra.

– Ela chama a atenção se não jogo bem. Em casa, falamos de marcação, cruzamento. Ela me dá toques se estou mal posicionado. É impressionante a noção que a mãe tem de futebol – disse.

Bate o escanteio e cabeceia

Mãezona e dona-de-casa, Maria Cláudia bate escanteio e corre para cabecear. Cuida do irmão de Cleiton, que tem epilepsia, e está sempre às voltas com os sobrinhos pequenos.

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– Ela nunca diz não. É tudo com amor, nada por obrigação – derrete-se.

O gol de Cleiton foi apenas o segundo dele como profissional. Dispensado pela base do Avaí em 2008, ele foi para o Bugre em 2010. Ano passado, marcou seu primeiro gol como profissional, na Segundona. Por isso, o de domingo foi tão especial.

– Não foi ensaiado, não. O Tiago Sala lançou bem e eu tive a felicidade de dominar e bater para o gol – contou o lateral.