Depois de 15 dias de negociação, o meia Cleber Santana vestiu pela primeira vez a camisa do Avaí. O jogador chega por empréstimo junto ao São Paulo com contrato até 31 de janeiro de 2013, com possibilidade de permanência até o final do próximo ano.
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A intenção da diretoria avaiana de contar com o jogador surgiu há cerca de um mês. Mesmo tendo participado da pré-temporada com a equipe paulista, Cleber não vinha sendo aproveitado no Tricolor.
– Espero que possa ter muita alegrias no Avaí. Tive oportunidade de ver o jogo ontem (quinta). A equipe está numa crescente e foi importante ter assumido a liderança – disse.
Apresentado como meia e com a possibilidade de assumir a camisa 10, Cleber Santana falou sobre onde se sente melhor em campo:
– Número de camisa, 10, 8 ou 7, é tudo igual. Nas equipes que passei já atuei como segundo volante, como terceiro homem do meio e como meia. Depende muito do treinador, da maneira que me usar, onde a equipe possa render mais. Isso é uma conversa que temos que ter, mas acho que a posição de meio campo me sinto muito bem à vontade – declarou.
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Natural de Olinda, Pernambuco, o reforço começou a carreira no Sport. Em seguida, passou por Vitória, Santos e Kashiwa Reysol (Japão). Em 2007, Cleber Santana foi contratado por três anos pelo Atlético de Madrid, da Espanha. Depois, foi emprestado ao Mallorca. O São Paulo o repatriou em 2010 e, no ano passado, foi emprestado ao Atlético-PR.
– Recebi outras propostas junto com a do Avaí, mas o projeto daqui é maravilhoso. Estou bem disposto, é um grande clube e vamos brigar pelos dois campeonato. Se jogar na Ressacada já é sempre difícil para o adversário vamos fazer de tudo para continuar fazendo do nosso estádio um caldeirão – avisou.
O nome do atleta já foi publicado no Boletim Informativo Diário (BID) da Confederação Brasileira de Futebol. Com isso, Cleber deverá estar entre os relacionados para o clássico contra o Figueirense e poderá estrear diante do maior rival azurra.
– Fico feliz em ter oportunidade de disputar mais um clássico. Estou à disposição do treinador e se ele optar por começar jogando ou no banco ou ficar fora, espero fazer a minha parte para ajudar os meus companheiros.
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Retorno ao Brasil
Quando o São Paulo me contratou comecei bem, estava jogando, e por opção do Carpegiani não fui mais aproveitado. Isso faz parte do futebol, o treinador tem confiança em uns jogadores, em outros não. Foi o meu caso e então fui para o Atlético-PR, onde me senti bem, fui feliz e fiquei muito triste pelo rebaixamento. O clube não merecia estar nessa situação.
São Paulo
Voltei para o São Paulo e ia ser utilizado pelo Leão, que falou para mim que iria me usar, mas o problema era com o presidente (Juvenal Juvêncio). Eu respeitei porque vinha treinando bem. Mas o Leão me disse que enquanto o presidente continuar dessa maneira ia ser difícil porque ele (o presidente) pediu para que eu não utilizasse nem você, nem o Juan. Mas faz parte, já passei por essa situação e vi outros passarem. Aí vim para cá, estou feliz e quero fazer um grande trabalho no Avaí.
Estilo de jogo
Cadencio o jogo na hora que precisa. Quando tem que ter velocidade tenho a explosão. Depende da posição que vou ser utilizado e dos jogadores que estarão do meu lado.
O clássico
O clássico envolve muita coisa, torcedores, emoção, uns que vão mais pela razão. Fico feliz de ter outra oportunidade de participar. Mas clássico não tem favorito, é decidido nos detalhes. As duas equipes têm grandes jogadores e o mais importante é ter espetáculo.
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A responsabilidade
Responsabilidade todos temos que ter, independente da idade, do mais jovem ao mais velho. Temos que estar bem focado e ser bem realistas para que a gente possa chegar no final do ano e comemorar as duas conquistas.
Perfil de líder
A liderança é algo que vai se conquistando, adquirindo no dia a dia, com o respeito dos companheiros. Todos são líderes, independente da idade. Claro que a cobrança vem sempre em cima dos mais experientes, um pouco mais carimbados, mas isso faz parte. Tenho certeza que vou poder ajudar, mas o mais importante é a soma.
Copa do Mundo 2014
O meu pensamento é aqui no Avaí. Espero apresentar um grande futebol, fazer o meu melhor, buscar as coiaas naturalmente e se isso acontecer vou ficar muito feliz. Isso é algo que não só eu, mas todos os jogadores buscam e não vou deixar nunca de ter esse pensamento. Espero apresentar um grande futebol e chegar aos meus objetivos e, se vier, vou agradecer a Deus e vai ser maravilhoso.