Dono de muita raça, vontade de vencer e de uma sinceridade que já lhe rendeu muitos problemas, Claudio Luiz consegue ser referência para os colegas, tanto que se tornou símbolo de segurança. O zagueiro do Criciúma, exerce um papel na equipe que vai além de comandar a defesa do tricolor.

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Durante os jogos é ele quem grita, e, de tanto pedir calma ao companheiro de zaga Wescley para que ele não “se pendurasse com cartões” na última partida contra o Avaí, foi Claudio Luiz quem recebeu cartão amarelo do árbitro Célio Amorim, após dizer o que pensa.

– Eu falo demais, sou muito verdadeiro e tem gente que não entende, não interpreta bem – avalia Claudio Luiz, que considera ter chegado aos 30 anos de idade mais tranqüilo.

O tempo livre é para a filha

A responsável pela mudança de comportamento é uma criança de um ano e cinco meses: Júlia. Foi pela filha que Claudio Luiz aprendeu a ouvir mais e ver que o mundo não gira mais em torno de si. E é nela que o zagueiro pensa quando entra em campo.

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– A Júlia veio para eu amadurecer. A Thaís (mulher) e ela me consolam quando estou triste, me agradam. A Júlia vibra quando me vê, é a nossa razão de viver – diz, sorrindo, o zagueiro.

É com a pequena Júlia que o jogador e a mulher aproveitam o tempo e brincam. Quando passeiam, freqüentam restaurantes e saem para fazer fotos na região de Criciúma. Todos os registros Claudio Luiz e Thaís gravam em CD para enviar à família deles, em Salvador (BA).

– Só assim mesmo pra matar a saudade. Nossos pais também são importantes para nós – finaliza.