Em reunião fechada, realizada no dia 1º de fevereiro, a Whirlpool informou a interlocutores próximos, e num círculo bem restrito, que planeja demitir 700 trabalhadores, em diferentes unidades, em razão de forte queda de vendas de eletrodomésticos no mercado nacional.

Continua depois da publicidade

No ano passado, o recuo de vendas no setor foi de 20% na comparação com 2014, e a projeção da própria empresa, em informação a analistas de mercado, é um novo recuo de 10% esperado para este ano. A confirmação de dispensas e sua eventual exata dimensão poderão ser definidas nas próximas semanas.

O problema é tão sério, que a empresa foi ao governo do Estado pedir apoio à Secretaria da Fazenda para garantir, no Fisco, uma fatia de competitividade. Em questão, os benefícios do Prodec, do Pró-Eemprego e a legislação referente à tributação na hora da compra de aço, em outros Estados, em especial, Minas Gerais.

O governador do Estado, Raimundo Colombo, confirmou à coluna, em diálogo no dia 4, antes de começar solenidade de jantar de posse da diretoria da Ajorpeme, na Expoville, que há conversas entre a Fazenda e a empresa em torno de benefícios fiscais, na tentativa de evitar as dispensas. Os funcionários da Whirlpool retornaram de férias coletivas na segunda-feira, dia 15.

Continua depois da publicidade

Proteção

Em nota, o diretor de administração tributária da Secretaria da Fazenda, Carlos Alberto Molim, afirma:

– O governo do Estado está fazendo sua parte para proteger os empregos na Whirlpool. Somos um dos maiores parceiros da companhia. A Secretaria de Estado da Fazenda apoia, por meio de seus programas fiscais, todos os setores econômicos via benefícios do Programa de Desenvolvimento da Empresa Catarina (Prodec) e do Pró-Emprego. Há ainda incentivos específicos, como é o caso das empresas que usam aço como matéria-prima. O governo tem feito esforços para manter a competitividade das empresas catarinenses em meio à crise. Lembramos que estamos num grupo seleto de seis Estados que não aumentaram impostos. E temos o compromisso de manter o equilíbrio das contas públicas, com a manutenção da arrecadação de impostos.

Silêncio

A empresa, por meio de sua assessoria de imprensa, diz que não vai se pronunciar sobre o assunto.

Leia outras colunas de Claudio Loetz

Leia as últimas notícias de Joinville e região

Novo comando

O executivo alemão Carsten Stoecker assumiu a vice-presidência sênior da fábrica da BMW, em Araquari, substituindo Gerald Degen, que comandou a operação nos últimos três anos. Formado em engenharia industrial pela Universidade de Siegen, na Alemanha, Stoecker iniciou sua carreira na empresa em 1998, na fábrica de Munique. Chega ao Brasil com a missão de consolidar a produção da unidade que, em setembro de 2015, teve seu projeto de construção da fábrica finalizado com o início das operações de soldagem e pintura.

Continua depois da publicidade

– Liderar a primeira fábrica brasileira de automóveis do BMW Group é um grande desafio. Meu principal objetivo é consolidar nossas atividades produtivas em Araquari, dando continuidade ao crescimento sustentável da empresa no País – disse Stoecker.

Novas atribuições

Degen, por sua vez, assumiu a função de vice-presidente de controle de produção e logística na fábrica da BMW em Spartanburg, na Carolina do Sul, nos Estados Unidos.

Mudança

A KG Motos fechou a loja que funcionava junto ao terminal de ônibus central. No local, abrirá uma unidade da rede de farmácias Preço Popular.

Continua depois da publicidade