A RH Brasil, importante empresa de recrutamento de trabalhadores de Joinville, enxerga luz no fim do túnel. O gerente Joanir Schadeck acredita que o mercado vai melhorar a partir da segunda quinzena de setembro e começo de outubro. Claro que não vai ser uma retomada grande, mas o simples fato de haver uma percepção menos negativa da realidade dos negócios já auxilia no ânimo para decisões com olhar mais otimista. É este sentimento que ele vem recolhendo junto a clientes visitados recentemente. Atualmente, a RH Brasil está com aproximadamente 150 a 200 vagas operacionais em aberto. O número tem se mantido estável ao longo dos últimos meses, diz o executivo. Claro que é bem diferente de tempos áureos, quando, no quadriênio 2010/2013, as empresas buscavam centenas de pessoas e disputavam cada uma, e surgiam centenas e centenas de vagas. O turnover, à época de até 5%, reduziu-se aos aceitáveis 2,5% a 3% nas indústrias. Os trabalhadores arriscam-se menos a pedir para sair do emprego.
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Em outras empresas de recrutamento – direcionadas a funções de médio escalão e executivos -, também há constatação de que o pior momento teria ficado no passado.
Para além da inquietação e do temor, o que é cada vez mais frequente é a ideia de que a saída definitiva da presidente afastada Dilma Rousseff do posto vai sinalizar para o futuro. É muito provável que o impeachment seja confirmado em agosto.
Esta circunstância da cena política nacional terá, sim, efeitos positivos sobre o ambiente geral da atividade econômica.
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Comércio inquieto
A Câmara de Dirigentes Lojistas de Joinville quer período de transição para que empresas possam se adaptar à lei federal 13146/2015, que trata de acessibilidade aos empreendimentos. Encontro com o prefeito Udo Döhler reunirá, nesta tarde de quinta-feira, lideranças da CDL, Acij, Acomac, Ajorpeme e Sinduscon. Conselho Municipal de Pessoa com Deficiência (Comde) e a Ordem dos Advogados do Brasil, a OAB. também deverão participar do debate.
Do jeito que a legislação está posta, vai onerar os que têm de atender ao público. Principalmente comerciantes de pequeno porte, muitas vezes negócios familiares. É que, entre os variados pontos, um deles obriga a ter um trabalhador apto a atender a clientes que só falam pela linguagem de sinais. Um custo de difícil absorção.
Câmara
O empresário de Jaraguá do Sul Celio Bayer assumiu a presidência da câmara de microempresas da Fiesc, em ato realizado ontem. Santa Catarina lidera o ranking de geração de empregos no Brasil, com 8,5 mil postos de trabalho criados até maio de 2016, dos quais 4,9 mil foram gerados pela micro e pequena empresa, de acordo com dados do Ministério do Trabalho. Pelo menos 24% dos trabalhadores desses empreendimentos são jovens de até 24 anos. As micro e pequenas empresas respondem por 35,1% do PIB do Estado. A maior parte delas está concentrada no segmento têxtil e confecção (23%) e na construção civil (22%). Entre os desafios que serão enfrentados pelo grupo de trabalho, ele destaca o aumento da produtividade, a melhoria da infraestrutura, o acesso a financiamentos, a qualificação de capital humano, inovação e normas e burocracia.
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Na Udesc
O secretário de Integração e Desenvolvimento Econômico da Prefeitura de Joinville, Danilo Conti, visitou a Udesc. Em busca de parcerias, quer ajuda da universidade para encaminhamento de ideias e soluções para melhorar a qualidade de vida na cidade. Esteve no núcleo de processamento de energia elétrica e conheceu, entre outros projetos, a célula de pesquisa em microrredes de energias alternativas e renováveis. Interessado em utilizar painéis fotovoltaicos na construção de pontos de ônibus, o município analisa a possibilidade de captar energia solar para criar um ambiente inteligente, com sistema de som para usuários com deficiência auditiva, abastecimento de bicicletas elétricas, carregador de celular e internet grátis, por exemplo.
Razões
Redução de custos com manutenção de registro na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e ter apenas 5% das ações ainda no mercado são as razões para a Whirlpool anunciar interesse em comprar essa fatia minoritária e, depois, fechar o capital. Informação ao público de dados econômico-financeiros da companhia ficarão restritos.
Saneamento
A Águas de Joinville vai dispor de R$ 12 milhões, da Caixa Econômica Federal, para licitar e fazer obras de esgoto no Boa Vista. Projeto está pronto. Obras não começam antes do primeiro bimestre de 2017.
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Juros
A Caixa Econômica Federal começa estudos para reduzir taxa de juros em financiamentos habitacionais.