A Prefeitura de Joinville ainda não tem todo o dinheiro para pagar a segunda parcela do 13º salário, com prazo até 20 de dezembro. Claro que vai honrar o compromisso prioritário com os servidores. Mas o simples fato de não dispor dos recursos a 16 dias da data-limite sugere o tamanho do problema de caixa. O atraso no pagamento dos fornecedores já está em seis meses. E é justamente daí, deste atraso, que vai sair o dinheiro restante que os funcionários públicos têm direito a receber.

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As informações são do secretário de Comunicação, Marco Aurélio Braga. Queixas de alguns fornecedores já chegaram à caixa de e-mails deste colunista. Isto é sintomático. E sério. É, de longe, a situação financeira mais crítica desde que o prefeito Udo Döhler assumiu o posto, em janeiro de 2013. À época, recebeu um caixa com dívidas de curto, médio e longo prazos. Em sua gestão, renegociou débitos, pagou outros tantos. Mas, desde maio deste ano, já não consegue mais honrar os compromissos todos.

A situação, agora agravada, provoca consequências no atendimento a demandas naturais da população. Faltam remédios nos postos de saúde, os serviços de tapa-buracos pararam. Dinheiro para pavimentação não vem como era esperado. Serviços terceirizados foram cortados. No caso, a segurança em escolas e órgãos públicos é afetada. Duzentos contratados – não falamos de comissionados – estão sendo desligados. A maioria é agente administrativo, constata Braga.

Respiro curto

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Algum respiro financeiro para a Prefeitura virá no bimestre janeiro-fevereiro de 2016. É quando vão entrar nos cofres os valores referentes ao IPTU de 2016. Historicamente, 75% dos contribuintes pagam o tributo em dia – maior parte parceladamente, ao longo do ano. É bem possível que este percentual de pagamentos caia de forma significativa em 2016. Afinal, as famílias estão preocupadas com o desemprego e a inflação.

Na incerteza sobre o futuro, pagar impostos certamente não é prioridade. Nem das pessoas. Nem das empresas. Quer dizer: a partir de março, a tendência é a situação financeira piorar mais. Não há previsão de entrada de recursos extras a partir de então. Exatamente quando começa o período pré-eleitoral. E Udo é candidato à reeleição.

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Medalhas

O presidente do conselho de administração da Tigre, Felipe Hansen, entregou medalha para Marcio Leopoldo Fischer, que completou 45 anos de trabalho na companhia plástica.

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– Muita coisa me vem à mente nessa hora. Sem dúvida, o que guardo como maior tesouro é a amizade dos colegas e o reconhecimento da empresa – declarou o profissional, que trabalha no centro administrativo de Joinville.

Infraestrutura de ponta

O município de Joinville é a terceiro com melhor infraestrutura, de um conjunto de 32 cidades avaliadas pelo Instituto Endeavor do Brasil. Perde apenas para São Paulo e Sorocaba. Blumenau é a oitava e Florianópolis surge na 13ª colocação. No aspecto mercado, Joinville fica na 12ª posição. Blumenau é a décima, e a capital do Estado figura na posição número 16. No quesito empresas exportadoras, Joinville é a primeira catarinense e, aí, no ranking geral, só perde para Sorocaba. Outro ponto de destaque é inovação: Joinville é a sétima, com Florianópolis em primeiro lugar.

Precisa melhorar

Mas em três aspectos Joinville precisa melhorar. No fator capital humano é apenas a 21ª entre as cidades analisadas. Em cultura empreendedora é a 22ª, e o ambiente regulatório coloca a cidade apenas na colocação de número 23.

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Mais impostos

As indústrias têxtil e moveleira sentirão os efeitos de mais um aumento de impostos. O escritório Martinelli Advogados informa que a contribuição previdenciária sobre a receita bruta dos setores passou, nesta semana, de 1% para 2,5%. É mais do que o dobro.

Rigor total

A fiscalização da Secretaria da Fazenda do governo do Estado realizou, na quarta e ontem, a operação Amigo Oculto, a maior ação fiscal presencial da sua história. Equipe de 240 auditores fiscais analisou informações e documentos em 2.500 varejistas nos principais shoppings e ruas de comércio de 45 cidades do Estado – Joinville incluída. Os fiscais verificaram a regularidade dos equipamentos e aplicativos que permitem os controles das operações de vendas do comércio.

Entre as dez

A Univille é uma das dez universidades brasileiras selecionadas para participar do Programa Bota pra Fazer – Crie seu Negócio de Alto Impacto, da Endeavor, a mais importante organização de promoção do empreendedorismo de alto impacto no mundo. Cerca de 50 instituições enviaram propostas. As universidades escolhidas vão receber concessão para utilizar, reproduzir, transmitir e exibir o programa nos seus cursos. Depois de desenvolvidos, os projetos serão transformados em cases de referência no País.

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