Em abril, o Joinville Garten Shopping completa seis anos de funcionamento na cidade. Consolidado como o maior centro comercial e de lazer do Norte do Estado, tem operações maduras. Com 170 lojas, que empregam aproximadamente 2 mil funcionários, vai experimentar novo momento de expansão no prazo estimado de dois anos.
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O projeto está em elaboração. A área a ser expandida é em terreno de 17 mil metros quadrados, dos quais 8 mil m2 de área bruta locável serão adicionados ao ambiente atual já ocupado. Hoje, o empreendimento tem 88 mil m2 no total, dos quais 35 mil m2 de área bruta locável. As informações são do novo superintendente, Rafael Boettner, que assumiu o posto em 11 de janeiro. Ele busca atrair para o shopping pet shop, lojas de produtos naturais e restaurantes.
Em relação a este último tópico, há uma desistência e uma expectativa. O Bar do Alemão, especializado em comida parmigiana, com sede em Itu, interior paulista, não vai mais se instalar no Garten, apesar de já ter sido anunciado, no ano passado, como provável opção alimentar diferenciada aos consumidores de Joinville e região.
O que está no radar do novo líder do shopping é a vinda, sim, de uma unidade da rede norte-americana Outback. Uma grife que qualifica qualquer ambiente gastronômico de Joinville. Mas calma! Ainda não será neste ano. O planejamento é para 2017. Claro, como as instabilidades macroeconômicas afetam os negócios e o humor dos investidores, ainda é necessário esperar pela confirmação oficial.
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Se os investidores estão cautelosos diante de dúvidas sobre os rumos do País, o Garten conta que conseguiu crescer 10% no ano passado na comparação com 2014. Bom resultado.
Rafael Boettner tem 24 anos de experiência no varejo e é egresso do Grupo Milium. Ele diz sentir-se à vontade na função recente de comando de um dos empreendimentos do Grupo Almeida Junior em Santa Catarina. Aposta na localização como uma grande fortaleza do Garten.
Argumenta que a proximidade da universidade e de várias empresas auxilia a dar fluxo e dinamismo às atividades comerciais. Perguntado se acredita que o município já comporta um shopping, na zona Sul, Boettner é evasivo:
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– Bem, isso é a população da zona Sul que tem de dizer. Nosso público vem de todas as regiões de Joinville.
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A economia gira a partir da riqueza gerada em sociedade e deriva de experiências agradáveis nos momentos de compra. O cidadão – qualquer um – tem a necessidade de se gratificar. Vivenciar prazeres. Encontrar, de algum modo, aquela tão ancestral busca por alegrias, que saciem também o espírito.
Certamente, adquirir coisas é um desses instantes de felicidade momentânea para suprir lacunas, sejam materiais ou espirituais. Não há dúvida de que qualquer gestor de shopping precisa motivar lojistas e potenciais clientes. Os lojistas, vendedores e atendentes só ganharão o reconhecimento da clientela se compreenderem pelo menos duas coisas:
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1) Que a qualidade do atendimento dispensado ao consumidor o faz decidir se retorna ou não ao local.
2) Que nestes períodos de raros reais no bolso, o preço tem de ser bem atrativo.
Fora dessas duas premissas, o restante é adicional, embora importante. Este deverá ser compromisso de todos. Uma regra de ouro a ser seguida. Se vale para os negócios já instalados, é valor precioso para os entrantes na cidade – como será o Supermercado Belem, no segundo semestre.
O nome do jogo é sobreviver às dificuldades e perenizar. Isso vale tanto para o tradicional e superconsolidado Mueller, como para o Garten e Shopping Cidade das Flores. E, igualmente, para as lojas de rua localizadas no Centro e nos bairros.
Sim, Joinville vai passar por uma mudança significativa nos seus padrões de relação entre o comércio e os consumidores. Será inevitável. Um pouco mais adiante, é verdade, mas acontecerá. As conhecidas experiências de sucesso internacional um dia virão para cá de modo um tanto generalizado no quesito atendimento.
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Ainda continuamos distantes, apesar de boa melhora em relação aos últimos dez anos, por exemplo. Donos de lojas e seus executivos principais vão, frequentemente, às principais feiras mundiais de varejo. A dos Estados Unidos, em janeiro, é apenas a mais badalada.
Regularmente, é visita obrigatória destes profissionais que dependem da vontade das pessoas em comprar seus produtos e serviços. Eles também viajam para centros mais desenvolvidos – no Brasil e fora do País. Veem e enxergam modelos de êxito secular. Admiram-se com a forma como o cliente recém-chegado é recebido na Disney. Voltam felizes e comentam os aprendizados.
Em breve, os shoppings e demais lojas devem promover as fatais liquidações com aquela nomenclatura grandiloquente. Dias de loucura e assemelhados. Momentos de encher o caixa de dinheiro. Tomara! Mas será que o povo está com dinheiro para gastar? E quem tem algum sobrando vai correr para se abastecer? Essa é uma incógnita.
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A resposta mais provável: o comércio que permanecer estocado terá de fazer alguns bons milagres para desovar mercadorias.