Claudio Loetz: No 14º lance do leilão, Tecnofibras é arrematada e muda de controle

No 14º lance da disputa e na terceira tentativa de venda em leilão, a Tecnofibras muda de controle. A Jointec, empresa constituída em São Paulo para encontrar oportunidades de negócios no segmento de compósitos plásticos, comprou a fabricante de ítens e peças plásticas para a indústria automobilística e do setor agrícola por R$ 24,48 milhões.

O atual presidente da Tecnofibras, Paulo Zimath, permanecerá à frente da companhia joinvilense. O juiz da 5ª Vara Cível, Luís Canever, avalia a proposta e deverá confirmar a venda, possivelmente até sexta-feira (20). Os futuros controladores da empresa planejam viabilizar a retomada da liderança no segmento à Tecnofibras.

A Energyka, do empresário Olvacir Fontana, de Criciúma, também fez ofertas sucessivas contra o grupo vencedor por mais de uma hora, durante o leilão. Representantes das multinacionais John Deere e Caterpilar – clientes da Tecnofibras – e dirigentes de sindicatos dos plásticos e dos mecânicos acompanharam os lances.

A Tecnofibras, que foi avaliada em R$ 74 milhões há mais de dois anos. Mas o valor da arrematação está de acordo com as expectativas, inclusive da leiloeira Tatiane Duarte. A empresa faturou R$ 69 milhões em 2013. No ano passado, apurou receita de R$ 48 milhões. Para este ano, a previsão é faturar apenas R$ 30 milhões. Emprega 302 funcionários.

Ao se desvincular da massa falida do Grupo Busscar, a companhia plástica passará a ser vista de maneira mais positiva de agora em diante. Aporte de recursos por parte dos novos proprietários vai torná-la mais competitiva ainda. Dessa forma, garante-se a permanência do empreendimento em Joinville e a preservação de postos de trabalho.

Leia mais colunas de Claudio Loetz em AN.com.br.

Na Colômbia

Enquanto por aqui os bens do Grupo Busscar vão a leilão, a unidade da Busscar na Colômbia moderniza sua frota. Sete veículos articulados vão se incorporar ao consórcio Transcaribe, na cidade de Cartagena. Os motoristas estão sendo treinados. A operação no país andino é lucrativa.

Investimento

Até dezembro de 2016, a WEG vai investir R$ 30 milhões para a ampliação das instalações e criação de novas linhas de produtos da fábrica de Linhares, no Espírito Santo. A empresa começou a operar lá em 2010, ocupando com 20 mil metros quadrados de área construída e com 420 trabalhadores. Hoje, tem mais de 2.600 empregados e o tamanho físico é de 58 mil metros quadrados. A capacidade produtiva passou de cinco mil motores produzidos por dia, em 2010, para os atuais 36 mil motores por dia.

Aquisição

O escritório Martinelli Advogados conduziu operação de R$ 130 milhões para a compra da rede de drogarias Tamoio pela Profarma. As duas empresas são do Rio de Janeiro. Foi a quarta aquisição da Profarma que teve participação vitoriosa do escritório joinvilense.

Congresso internacional

Com o apoio da Embratur, Joinville captou importante evento internacional. A cidade será sede do 7º Congresso Iberoamericano de Engenharia de Projetos, que será realizado em 2016. A defesa de candidatura realizada pelo Joinville e Região Convention & Visitors Bureau em Medellin, na Colômbia, local da edição mais recente do evento, neste mês de novembro. O congresso terá duração de dois dias e reunirá mais de 400 pesquisadores, estudantes e profissionais da área de engenharia de projetos de origem ibero-americana.

Saneamento

O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo-Sul (BRDE) está avaliando a possibilidade de financiar a expansão dos serviços de saneamento básico para quatro municípios catarinenses. Dois deles estão no Norte do Estado: Joinville e Itapoá. Os outros dois são Itapema e Tubarão.