O empresário José Rizzo Hahn Filho, CEO da Pollux Automation, está à frente de uma iniciativa que pode levar Joinville a uma posição destacada no cenário nacional. Em entrevista à coluna, nesta sexta-feira, fala da intenção de unir a iniciativa privada, a academia e o poder público para integrar o município ao que há de mais contemporâneo na construção de uma sociedade e de uma economia direcionada à indústria da internet.

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A seguir, confira os principais trechos da entrevista.

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A Notícia – O senhor tem ideias para que Joinville seja um polo nacional focado na nova onda de progresso via modelo da internet industrial. Como quer fazer isso?

José Rizzo Hahn Filho – A Pollux integra o conselho mundial da internet industrial. Joinville, como um todo, poderia se integrar. Vivemos um novo momento transformador do processo de desenvolvimento dos negócios no mundo. Uma época de hiperconectividade, entre outros aspectos. Essa circunstância acendeu um olhar para o novo, que coloque Joinville no centro.

AN – Joinville tem uma história econômica que é toda de indústria de transformação.

Rizzo – Joinville já teve seu crescimento pautado na indústria tradicional, sim. Igualmente, já conheceu o florescimento e a expansão da área de tecnologia da informação – a TI. Temos empresas de ponta. Agora, é hora de, também, se inserir a cidade no mundo da internet industrial. Queremos Joinville como protagonista.

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AN – Que ações práticas estão surgindo?

Rizzo – Ainda não há, no Brasil, um lugar catalisador dessa perspectiva inovadora, dessa atividade nova. Joinville pode chegar na frente. Essa é a intenção. Então, nesta semana – de 9 a 14 de maio -, vou me reunir com o secretário de Desenvolvimento Econômico da Prefeitura de Joinville, Danilo Conti, com alguns empresários e representantes da academia para dar início ao processo.

AN – Soube, aqui na Expogestão, que executivo da poderosa SAP teria manifestado interessado em se aliar ao projeto, acenando, até, com a possibilidade de avaliar a instalação de centro de tecnologia, no futuro, aqui em Joinville.

Rizzo – A SAP tem interesse em conhecer a ideia. O fundamental é nós, de Joinville, nos unirmos pelas causas da cidade. Iniciativa privada, poder público e centros de pesquisa em universidades, juntos, para o desenvolvimento da cidade. O pensamento é simples: se a maré dos negócios sobe, todos se beneficiam. Os empresários de Joinville ainda enxergam os outros como competidores. É preciso ter um olhar e um comportamento colaborativos. A expressão-chave é essa: trabalho colaborativo.

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AN – Aproveitar a nova onda é importante para uma cidade se destacar nacionalmente.

Rizzo – A gente não pode perder a construção disso. O momento é todo da tecnologia. Uma lição clara: quem se move primeiro sai em vantagem.

AN – Essa construção demora um bom tempo.

Rizzo – Mais significativo do que o tempo que demora é começarmos já. Será um efeito dominó. As peças virão naturalmente ao jogo.

AN – Quem comandaria essa organização, essa nova estrutura?

Rizzo – Não se deve politizar a questão. Não deve depender de governo, independentemente de quem seja. O trabalho tem de ser colaborativo.

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AN – O recursos para a implementação virão de onde?

Rizzo – Os recursos poderão vir de diferentes fontes. Tanto de organismos de fomento, quanto das empresas.