É previsível o desfecho da situação da Metalúrgica Duque, de Joinville, agora com sentença de falência decretada pela Justiça, em primeira instância: o leilão de bens, em data a ser marcada oportunamente. Qualquer coisa que fuja a este script será enorme surpresa.
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A tradicional companhia metalúrgica, que teve seu auge nas décadas de 1960 e 1970, embalou seu crescimento, à época, pela consolidação do parque industrial brasileiro. Era tempo do Brasil grande, surfando na onda de crescimento do PIB acima de 10% em muitos anos.
O que era só sucesso transformou-se em problema na era contemporânea do século 21. E, nos últimos anos, as dificuldades só se acentuaram. O mercado já não foi mais tão receptivo aos produtos que fabricava. A indústria da linha branca e de bicicletas recuou.
A Duque perdeu o dinamismo de antes. E, aos poucos, foi perdendo importância econômica. A crise em que se meteu, a ponto de entrar em recuperação judicial – e, agora, em estado de falência – dá bem a ideia dos problemas que enfrenta. E enfrentará.
Há alguma chance de reverter o quadro? Lógico que, nos autos do processo, e fora deles, a empresa dirá que sim. E tomara que isso possa acontecer. Mas gente próxima à realidade vivida pela Duque e profissionais conhecedores dos meandros de casos semelhantes avaliam como muito pouco provável.
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A velocidade com que se processam as transformações é elemento decisivo na construção de resultados. E não perdoa aqueles que não conseguiram se atualizar e acompanhar as mudanças. Tanto em relação aos ciclos econômicos, quanto no do modelo gerencial adotado.
A lógica nos mostra: a tradição, por si só, é insuficiente para garantir a perenidade dos negócios. Pelo contrário. Só permanecem de pé os que se reinventam como organização. A Duque é tradição só.
Agora, a empresa recorre da decisão de falência ao Tribunal de Justiça. Será longo este processo. Qualquer que seja o desfecho, não haverá aquele impacto emocional quando da falência da Busscar.
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Casa X em Balneário
Será inaugurada neste sábado a primeira Casa X de Santa Catarina. A cidade escolhida foi Balneário Camboriú, e o novo endereço da diversão é a rua 1500, entre a 4ª Avenida e a Marginal. O local permite realização de eventos para até 250 pessoas. A nova opção para as festas de aniversário da criançada apresenta arquitetura e cenografia com os temas da turma da Xuxa.
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Mercado bilionário
O mercado de veiculação publicitária catarinense deverá gerar investimentos de R$ 1,28 bilhão neste ano. Em 2014, somou R$ 1,19 bi. A soma de anunciantes catarinenses locais (da região de cada veículo) e estaduais (de SC, mas não da região do veículo) representa dois terços do faturamento registrado pelos 265 consultados. O terço restante da verba aplicada na mídia regional vem de anunciantes nacionais – principalmente no meio televisão. As agências de propaganda são responsáveis por 70% da relação de negócios com os veículos, tanto na TV quanto na internet. As informações constam de estudo feito pelo Instituto Mapa a pedido do Sindicato das Agências de Propaganda de SC.
Crédito imobiliário
O Banco do Brasil oferece nova linha de crédito para a compra da casa própria. O banco financia até 90% do valor do imóvel novo ou usado (para imóveis de até R$ 400 mil), em até 30 anos, com taxa de juros de 9% ao ano. A linha Pró-cotista usa recursos do Programa Especial de Crédito Habitacional ao Cotista do FGTS. Esse tipo de financiamento é oferecido a quem tem conta ativa no FGTS e, no mínimo, 36 contribuições ao fundo. O BB espera disponibilizar R$ 1 bilhão nesta modalidade.
CNPJ
Foi assinado convênio entre a Receita Federal e o Instituto de Registro de Títulos e Documentos e de Pessoas Jurídicas do Brasil (IRTDP) com foco na integração cadastral. Os pedidos de inscrição, alteração e baixa poderão ser analisados e deferidos diretamente pelos cartórios de registro de pessoas jurídicas, sem que o contribuinte necessite deslocar-se para o atendimento da Receita Federal. O CNPJ poderá ser emitido, alterado e baixado simultaneamente com o registro do respectivo ato no cartório. Como já ocorre com os atos sujeitos a registro nas juntas comerciais.
Apicultura
A Termotécnica está entrando em novos mercados. Lança caixa de abelhas em EPS (conhecida como isopor) para atender ao crescente mercado da apicultura no País. Pesquisadores da Universidade Estadual de Maringá fizeram testes com caixas de madeira (tradicionais) e com o produto novo para comprovar a eficácia da inovação. Uma das vantagens percebidas é a estabilidade térmica dentro da caixa.
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Receptivo
Os preparativos para o Encontro Brasil-Alemanha, entre 20 e 22 de setembro, em Joinville, continuam. Reunião de representantes da CNI, Fiesc e Prefeitura realizada na terça-feira tratou de recepção de executivos alemães a Joinville e de aspectos relacionados à programação do evento.
Licença
A Fundação de Meio Ambiente de Santa Catarina (Fatma) deu parecer favorável para a Malhas Menegotti Indústria Têxtil, de Jaraguá do Sul, ampliar licença ambiental de instalação do empreendimento. A LAI dá direito aos empreendedores de construir.
Refis
Contribuintes de Canoinhas que estão inscritos em dívida ativa até 31 de dezembro do ano passado já podem procurar a Prefeitura para aderir ao refis municipal. O programa concede redução de até 90% nas multas e nos juros dos débitos tributários. Os contribuintes têm o prazo de 60 dias, contados a partir de 16 de julho, para aderir e pagar.
Correção
O empreendimento imobiliário Velutti está em construção na praia de Armação, em Penha, e não em Balneário Piçarras, como constou na coluna.
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