Em resposta a uma semana atribulada nos bastidores com a saída do gerente de futebol Fernandes, o presidente do Figueirense, Cláudio Honigman, fez um pronunciamento nesta segunda-feira no Orlando Scarpelli. Foram 11 minutos de fala, sem a oportunidade de perguntas aos jornalistas, onde o representante da empresa Elephant garantiu a permanência no comando do clube. O acontecimento foi marcado por fogos de artifício do lado de fora do estádio, audíveis na Sala de Imprensa Jornalista André Podiacki.
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— Gostaria de comunicar a nossa grande torcida, especialmente após essa forte manifestação absurda de noticias que escutamos nos últimos dias, que não haverá nenhuma mudança na gestão deste clube. A Elephant, sob o meu comando, que aconteceu há 15 dias, no dia 24 de abril a mudança acionária, agora é minha e não sairá do clube. Eu tive, tenho e mantenho reuniões com os notáveis do conselho, no qual respeito muito eles, no qual tenho total apoio deles para a gente continuar o nosso contrato e estamos fazendo conversas em relação a ajustes, explicação de contas, pendências do passado que serão acertadas e liquidadas nos próximos dias, mas como viram em uma nota, tenho total apoio deles — afirmou Honigman.
Ao deixar o cargo de gerente de futebol, Fernandes fez um alerta sobre a situação financeira do clube. Os balanços apresentados no site oficial mostram déficit de R$12 milhões na Associação Figueirense e R$30 milhões na Figueirense LTDA. Em sua fala, o presidente Cláudio Honigman imputou a culpa das dívidas nas gestões anteriores.
— Se tem uma pessoa nessa cidade que não absolutamente nenhuma culpa por esse passado sou eu. Esse clube se endivida anualmente, pelo menos nos últimos 20 anos, o aumento da divida nas últimas gestões foi de, no mínimo, 100% por cada um, começando pelo Senhor Lodetti, que aumentou a dívida em 100%, passando pelo Wilfredo Brillinger, que aumentou em 100% e depois passou por meu ex-sócio, Cláudio Vernalha, que aumentou em bem menos de 100%, mas grande parte desse aumento são resquícios das gestões passadas. Quero deixar claro que o que estou pegando desde o dia 24 abril são problemas que foram herdades, que entendo eles perfeitamente e que vou resolver nos próximos anos — acredita o presidente.
Ouça o pronunciamento na íntegra:
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