O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), 43, tomou posse neste domingo (1°) prometendo diálogo e um “futuro de esperança” para o estado. Aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na eleição, Castro não fez menções ao cenário político nacional. Ele tem construído pontes com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desde a vitória do petista.

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Castro afirmou em seu discurso ter arrumado o estado após a turbulência política provocada pelo afastamento de seu antecessor Wilson Witzel, sob suspeita de corrupção.

“Ouvindo o Legislativo e Judiciário, dialogando com a sociedade, entramos em 2023 com a esperança de que será possível fazer muito mais do que fizemos em dois anos. Porque nos momentos turbulentos, quando não parecia haver luz no fim do túnel, todos se uniram para salvar o Rio de Janeiro”, disse ele.
Ele destacou em sua fala a promessa de despoluição da baía de Guanabara, a melhoria nos índices de segurança pública e políticas de combate à fome.

Castro também criticou o que chamou de mentiras e boatos maldosos que sofreu durante seu mandato. O governador é alvo de delação que o acusa de receber propina, o que motivou abertura de investigação pela Procuradoria-Geral da República.

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“Ao longo dos últimos dois anos sofri muito, seja com mentiras, ataques gratuitos ou boatos maldosos. Mas aprendi a superar isso com verdade, trabalho, retidão e honestidade.” A cerimônia foi realizada no Palácio Tiradentes, sede da da Assembleia Legislativa. Em seu discurso, Castro pediu um minuto de silêncio pela morte de Pelé e as vítimas da pandemia do novo coronavírus.

Castro foi reeleito no primeiro turno com 58,7% dos votos válidos. Superou como principais adversários o deputado federal Marcelo Freixo (à época do PSB).

Advogado formado pela UniverCidade, Castro é também cantor gospel ligado ao movimento de Renovação Carismática da Igreja Católica. Ele iniciou sua trajetória política como assessor parlamentar do ex-deputado Márcio Pacheco, tendo sido eleito vereador no Rio de Janeiro em 2016.

Castro foi eleito vice-governador em 2018 na chapa de Wilson Witzel, o ex-juiz que surfou na onda bolsonarista daquele ano. Assumiu o Palácio Guanabara em agosto de 2020 após Witzel ser afastado pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça) sob acusação de corrupção na saúde -o impeachment seria confirmado em abril do ano seguinte.

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*Reportagem de Italo Nogueira

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