Aliviado com mais uma vitória do Avaí, esta última em cima do Atlético-PR neste domingo na Ressacada, o técnico Claudinei Oliveira sabe que é preciso de mais entrega para que o time conquiste a permanência na Série A. O treinador fez um balanço do desempenho recente da equipe e apostando em um triunfo na rodada derradeira.

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— A última rodada define quem será rebaixado, mas é uma construção durante todo o campeonato. Dizíamos lá atrás que muitos jogadores do elenco nunca tinham jogado uma Série A. Não estamos transferindo para eles, optamos por manter esse grupo que subiu para a elite, acho que 80 ou 90% do grupo, acreditamos neles tanto que estão dando a resposta, mas era normal começar meio abaixo, até pela falta de entender a competição. A dificuldade que é o Brasileirão que você acaba dando uma, duas chances para o adversário e acaba fazendo o gol. Nossas primeiras cinco rodadas foram muito abaixo, mas da 10ª para cá devemos ter 45% de aproveitamento, o que nos daria uma situação tranquila. Mas fizemos o que achamos ser melhor para o clube, em consenso com a diretoria e comissão técnica. Fizemos esse planejamento para que cumpríssemos ao longo do ano. E dentro desse planejamento chegamos na última rodada com chance de escapar. Temos que ir para Santos buscar a vitória, único resultado que nos interessa, chegar nos 45 pontos. Todos falaram que o número mágico é 45, então temos que chegar nele. Se esse não for o número mágico 45, foi um ponto fora da curva, mas que conseguimos. Vamos buscar, com toda a dificuldade, com nossa humildade, vamos lá — analisou Claudinei na entrevista coletiva.

Abaixo, confira trechos do que disse o treinador azurra, em tópicos, após o triunfo diante do Atlético-PR.

Crecimento da equipe e ambiente do grupo

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— Na dificuldade, o time vai ficando mais cascudo. Fomos passando por tantas dificuldades na competição, tanta desconfiança, tanto jogador tido como não servisse mais e o grupo foi criando uma casca, eles foram se defendendo. Você vê que hoje, no lance do primeiro gol, o primeiro jogador que pulou ali em cima de mim foi o Capa, um jogador que eu tirei do time, que tinha tudo para estar ali aborrecido, quando virei ele estava ali pulando e comemorando o gol. Isso pode passar despercebido, mas eu como comandante é algo marcante. Assim como na vitória sobre o Botafogo, o primeiro cara que me abraçou foi o Mauricio, que também tinha saído do time. Quer dizer, então você percebe que os jogadores entenderam que estou agindo com honestidade.

Muitos já davam o Avaí rebaixado antes mesmo de começar o campeonato. Se olhar o investimento em relação aos outros, e estamos tentando lutar contra tudo isso. Procurando com a nossa verdade, com a nossa forma de dirigir a equipe, escapar disso. Hoje estamos com resultados importantes e sem jogadores importantes. A gente perde Joel, Júnior Dutra, Luan, aí lança o Lourenço, um menino da base. Estamos vendo trabalhar com qualidade. Tem o Luanzinho, o Alisson ainda que ainda vai jogar, bom jogador. Maurinho temos confiança. Estamos fazendo tudo de acordo com o que achamos para o momento. E que tudo termine bem.

Oportunidade para os novos

— O Lourenço entrou lá atrás contra Chapecoense no Estadual, contra o Atlético-MG. Hoje conversei muito com o Alisson, falei com ele na preleção, se está pronto para estrear. Com o Maurinho também, falei para ir para cima, terminar a jogada, igual eles fazem no treino. Hoje estamos colocando os meninos e preterindo até o Juan, um baita jogador, experiente, que dá uma qualidade. Mas precisamos ser mais agudo, precisando ganhar os jogos. Então estamos deixando de contar com jogadores que tem mais experiência. É um risco que estamos correndo, mas a gente corre o risco pois vê o dia a dia deles, vê qualidade. E assim, o Pedro Castro que está aqui hoje, com 24 anos, eu lancei ele no Santos contra o Atlético-MG, e falaram que eu era louco. Não tenho receio de lançar jogador quando vejo qualidade. Se o menino sentir o jogo, a responsabilidade é minha.

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Desempenho na Ressacada

— Iniciamos o segundo turno com três vitórias e três empates. Desses três empates, estávamos vencendo os três. Então você como são detalhes. O futebol não permite o “se”, temos que encarar a realidade, não podemos contar com ninguém. Temos que contar com nossa equipe. Não sabemos o time que o Flamengo vai escalar na última rodada, mas independente disso temos que ir para Santos e buscar a vitória, com toda a humildade, sabendo que é difícil. Mas não sei se faltou alguma coisa, às vezes uma infelicidade na finalização. Tivemos jogos que deixamos a desejar, contra o Atlético-GO, por exemplo, foi um jogo muito abaixo do que podíamos fazer. Contra o Vasco saímos atrás, mas buscamos o gol, tivemos um pênalti no Romulo não marcado. Contra o Coritiba, saímos atrás, empatamos e depois desorganizou. Contra o Fluminense, apesar da derrota iniciamos o jogo bem, mas cada jogo tem sua história. Ficar falando, fica até cansativo. Erramos em algum momento, um jogador ou outro também, mas não faltou disposição, empenho e nem comprometimento com o Avaí. O torcedor sabe e tanto sabe que está apostando na gente até o final.

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