Quanto tempo demora para um projeto entrar em circulação e começar a ter sucesso? O Joinville Vôlei tem a resposta: oito meses. Este foi o período que a equipe joinvilense precisou para chegar à Superliga A, elite do voleibol masculino nacional, desde a estreia nas quadras.
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Inicialmente formada por talentos antigos da cidade e novos jogadores, o Joinville Vôlei possui como um dos destaques da atual equipe o oposto cubano Yordan Bisset, de 28 anos. Maior pontuador da equipe na Superliga B, ele somou 23 pontos na partida decisiva.

Fora de quadra, tem como gestor o bicampeão olímpico Giovane Gávio — que já havia sido coordenador de um projeto na cidade há 13 anos. O ex-atleta disse que retornou porque tem Joinville como uma paixão.
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— Tivemos aqui o apoio de vários patrocinadores, que entenderam e apoiaram o projeto (…) Joinville para mim é especial. É uma cidade que tem uma torcida apaixonada e tem um campo industrial fantástico, percebo um interesse grande das empresas em participarem de um projeto como esse — disse Giovane.
Antes, a ideia inicial era também fomentar a prática do esporte e incentivar hábitos saudáveis em jovens e crianças, com um projeto social para os pequenos. No Natal do ano passado, o Joinville Vôlei, inclusive, arrecadou mais de 400 presentes durante um jogo beneficente, com a presença do presidente do clube.
A equipe, que treinava e mandava os jogos em uma associação desportiva na zona Norte de Joinville, agora adotou o Centreventos Cau Hansen como a casa do voleibol joinvilense.
Rápida ascensão
O primeiro jogo oficial do Joinville Vôlei foi em 27 de agosto de 2022, pelo Campeonato Estadual Masculino de Vôlei, contra a equipe de Timbó, na vitória por 3 sets a 1. Desde lá, foram aproximadamente oito meses até a vitória na última semana, que garantiu a classificação à Superliga A 2023/24.
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Neste intervalo de tempo, o Joinville Vôlei foi campeão da etapa regional Sul da Superliga C, disputada em outubro do ano passado. Este foi o primeiro título na recente história do clube de voleibol.
Já na Superliga B, iniciada em janeiro, Joinville garantiu o acesso à elite com apenas uma derrota, sendo também a melhor equipe da primeira fase.
No estadual, disputado no ano passado, o time acabou o torneio como vice-campeão.
Segundo o técnico do Joinville, Pedro Uehara “Peu”, a equipe já havia sido montada para ter sucesso em curto prazo.
— A intenção era essa, o time tinha que jogar a Superliga C, uma competição de tiro curto, conseguir a vaga na Superliga B e já buscar na Superliga A — disse.
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O abraço da torcida
Desde que começou a mandar jogos no Centreventos Cau Hansen, os jogos do Joinville Vôlei têm sido um espetáculo.
Além do desempenho dentro de quadra, os eventos fora, como animador de torcida, show no intervalo e distribuição de bastões infláveis para comemoração, têm chamado a atenção de cada vez mais torcedores.
— Eu acompanho o time desde que eles começaram (…) É notável o quanto Joinville abraçou o time, o quanto a galera torce por isso. Um sentimento de parceria e amizade entre o Joinville Vôlei e a torcida. É casa cheia sempre — disse Tainara da Silva, fundadora da torcida organizada do Joinville Vôlei.

No jogo do acesso, mais de 2,5 mil pessoas estiveram presentes no ginásio e vibraram com o time na classificação.
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Os desafios para o futuro
Classificado para a Superliga A 2023/23, o Joinville Vôlei enfrentará as melhores equipes do voleibol masculino brasileiro, como Minas Tênis Clube (MG), Sada Cruzeiro Vôlei (MG) e Sesi-SP (SP).
Para Giovane Gávio, a evolução do time é uma das prioridades do futuro.
— Meus planos é com certeza fazer com que esse time evolua a cada ano. Meu grande sonho e objetivo, para o qual estamos trabalhando, é em algum momento ver essa equipe disputando a final da Superliga A dentro de Joinville — disse.

Sem calendário definido ainda, o Joinville Vôlei terá para jogar em 2023 o campeonato estadual e a Superliga A, que deve começar no segundo semestre do ano.
*Sob supervisão de Raphaela Suzin
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