Um confronto entre Avaí e Figueirense é sempre marcado por fortes emoções. E o de ontem não foi diferente. Presença positiva da torcida, disposição de todos os jogadores e um árbitro de alto nível. Só faltou um futebol de maior qualidade. A partida foi truncada, com muitas faltas, o que impossibilitou um espetáculo de maior técnica. Márcio Rezende de Freitas conduziu bem o jogo, mas poderia ter sido mais enérgico em alguns lances. A rigor, nenhum jogador se destacou e as figuras de quem se esperava um desempenho maior ficaram devendo. As duas equipes, na certa, tiveram apenas uma chance cada de gol. E ambas marcaram, com os jogadores que nem se imaginava fossem entrar em campo: Mabília e Alex Rossi. No final, o resultado foi justo e não complicou nenhum dos dois na luta pela vaga. Sem efeito A campanha contra o técnico Humberto Ramos continua forte na Ressacada. Mas ao mesmo tempo em que a corneta tocava forte, garantindo a saída do treinador do comando do Avaí, o presidente Flávio Félix assegurava, ao microfone da CBN/Diário, logo após o jogo, que Ramos continuará no cargo. O presidente sabe das coisas e reconheceu que o resultado foi normal. Portanto, sem motivos para trocas de comando, principalmente na fase decisiva da Série B. Por enquanto, a campanha declarada não terá eco no Estádio Aderbal Ramos da Silva. Festa sem problemas Os torcedores de Avaí e Figueirense fizeram a sua parte ontem na Ressacada. O esquema de trânsito montado pelo Cel. Eliésio Rodrigues funcionou perfeitamente antes da partida e na hora que a bola rolou a grande maioria dos torcedores já estava na Ressacada. No final, porém, a fila foi grande. Dentro do estádio, porém, ficou difícil controlar a ousadia da torcida do Figueirense. Alguns torcedores que estavam na costeirinha conseguiram subir para as arquibancadas. A jogada foi rapidamente interceptada pela PM, que acabou com a farra. Troca arriscada O técnico do Figueirense Vagner Benazzi tomou uma decisão ousada antes de o clássico começar. Deixou Marcelinho no banco e escalou Mabília com a camisa 10. A troca não foi boa, embora o último contratado alvinegro tenha feito o primeiro gol do jogo. Marcelinho garante qualidade no toque de bola, e perigo nas jogadas de bola parada. A equipe sentiu, embora o resultado final não tenha comprometido. Igualdade no Sul Criciúma e Joinville foram iguais em tudo ontem no Heriberto Hülse. As duas equipes fizeram uma partida equilibrada, marcada por muitas faltas e poucos lances de gols. Os destaques ficaram por conta do goleiro Marcão, do JEC, que pegou até pênalti batido por Mahicon Librelato, e o técnico Cuca – que na sua estréia mexeu certo, colocou Cristian em campo e garantiu a força que o Tigre precisava para empatar. Destaque negativo para o árbitro Paulo Henrique Bezerra. Positivo O ex-presidente do Figueirense, Gercino Costa, teve uma recepção destacada ontem no clássico. Foi abraçado por muitos torcedores do Avaí que estavam nas cadeiras do Estádio da Ressacada, que deram mostras de educação e respeito. Um exemplo para todos. Negativo O fato lamentável do clássico de ontem foi a fratura da tíbia do atacante Dão. Num lance normal de jogo com o volante Perivaldo, Dão levou a pior, teve a lesão agravada e viu o campeonato acabar justamente no clássico. Pela idade e a gravidade da lesão, o futuro de Dão está seriamente comprometido.
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