Dois técnicos genuinamente catarinenses irão se enfrentar neste domingo, às 16 horas, pelo Estadual. O manezinho Hemerson Maria tenta confirmar o seu time, o Joinville, no hexagonal, enquanto o joinvilense Pingo busca a vitória para provar que o seu Metropolitano, com a vaga na próxima fase em mãos, vai entrar forte na briga pelo título. O jogo acontece em Blumenau, no Estádio do Sesi, palco em que o JEC não alcança uma vitória pelo Estadual desde 2007.
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As fases das equipes são distintas. Antes de o campeonato começar, poucos se arriscariam a palpitar que ele chegaria nas duas rodadas finais com o Joinville suando para se classificar ao hexagonal semifinal e com o Metropolitano tranquilo nas primeiras colocações. Contrariando os prognósticos, a situação é exatamente esta. E muito da boa fase do time de Blumenau se deve ao treinador.
O franco-atirador Pingo não teme encarar os grandes do Estadual. Já venceu Criciúma e Avaí e empatou com a Chapecoense. Contra o JEC, quer alcançar a primeira vitória dentro de casa e, de quebra, provar para seus jogadores que eles podem sonhar alto no hexagonal.
Já Hemerson Maria vai para a partida aliviado após a vitória, no meio da semana, sobre o Figueirense. Mas o treinador sabe que um tropeço em Blumenau pode voltar a colocar uma interrogação sobre a equipe, que ainda terá a Chapecoense pela frente na última rodada do Estadual.
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Desfalques
Hemerson Maria não vai poder contar com três jogadores que vinham atuando frequentemente no Estadual – o volante Anselmo, o meia Marcelo Costa e o atacante Fabinho. O problema de Pingo é ainda maior. O Metropolitano terá cinco desfalques: o lateral Carlos Alberto, o zagueiro Néris, o volante José Lucas, o meia Gustavo Sauer e o atacante Ariel.
Confira as entrevistas com os dois treinadores.
Hemerson Maria: “Não estamos deslumbrados”
A vitória sobre o Figueirense ajuda o Joinville a chegar confiante para este jogo?
Hemerson Maria – Independentemente dos resultados negativos que tivemos anteriormente, em nenhum momento houve algum tipo de desespero ou queda brutal na autoestima. O nosso grupo responde muito bem quando é cobrado. É lógico que a vitória deu mais tranquilidade para trabalhar, mas o grupo está muito equilibrado na parte emocional. Da mesma maneira que não nos desesperamos antes, não estamos deslumbrados agora. Temos que redobrar nossos esforços em Blumenau para conseguir a classificação.
Como você acredita que será este jogo contra o Metropolitano, que ainda não venceu em casa?
Hemerson Maria – Tive a oportunidade de ver três jogos deles. É uma equipe que teve um pouco de dificuldade no início da competição. O Pingo tem uma maneira peculiar de trabalhar. Suas equipes são técnicas, com uma transição muito rápida e marcação forte. Vai ser um jogo muito difícil. Embora ele tenha problemas de desfalques, vai saber encontrar os melhores substitutos.
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O Joinville também tem desfalques para esta partida. Esta é uma situação que o deixa preocupado?
Hemerson Maria – Quando fizemos o planejamento do ano, um dos pontos fortes era a base mantida de 2014 para 2015. Ao longo do campeonato, tivemos dificuldades por questões físicas e técnicas. Agora, temos essa dificuldade com a perda desses jogadores que são importantes. Mas uma equipe que almeja objetivos na competição tem que mostrar que tem grupo. Só com 11 jogadores não se consegue atingir os objetivos.
Com os desfalques no meio de campo, como você pretende montar o Joinville?
Hemerson Maria – O Eduardo é uma opção, o Wellington Saci é uma opção, o Ítalo é uma opção. Temos essas três opções para substituir o Marcelo Costa.
Pingo: “Nós sempre jogamos para vencer”
O Metropolitano já fez três jogos contra times grandes e ainda não perdeu. Qual é a fórmula para encará-los de igual para igual?
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Pingo – A fórmula é passar confiança aos atletas e fazer eles verem que têm possibilidade e condição de buscar resultado. Acho que é isso. O futebol está nivelado, então, dando moral para o jogador, ele joga com tranquilidade. E outra coisa importante é que sempre jogamos buscando a vitória.
O que está faltando para o Metropolitano vencer em casa?
Pingo – Não gosto de falar muito nisso porque não é uma sina, é um acaso. No primeiro jogo, contra o Marcílio, esbarramos na ansiedade. Contra o Guarani, o erro foi meu, pois minha estratégia não funcionou. E, diante da Chapecoense, fomos superiores, mas não conseguimos o resultado. É questão de encaixar uma bola.
Com a classificação na mão, como o Metrô vai encarar os próximos jogos?
Pingo – Na minha opinião, a gente tem que aproveitar o momento. Ganhando mais jogos, adquirimos mais confiança. Nosso pensamento é o de buscar dois resultados positivos.
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Você tem cinco desfalques para o jogo contra o JEC. Isso o preocupa?
Pingo – Vamos ter cinco desfalques, mas vamos ter peças importantes chegando. O Patrick, que foi o jogador que chegou com maior badalação no time, vai estrear. O Lauro, considerado melhor jogador do nosso time no ano passado, está voltando. Esses jogadores não atuaram no campeonato ainda, então estão com a motivação lá em cima.
Você está conseguindo bons resultados. Já começaram a aparecer propostas?
Pingo – Por enquanto, não. Mas sou um cara muito fechado nesse sentido. Quando estou disputando alguma coisa, não fico vendo isso. Quando fui para o Avaí no ano passado, já tinha acabado o primeiro turno pelo Brusque.