A mulher que confessou ter matado Rafael Fug, 39 anos, se apresentou à polícia na tarde desta quarta-feira (20). Ela afirmou em depoimento que agiu em legítima defesa durante um ataque do marido. Apontou o companheiro como um homem ciumento e possessivo. Porém, conforme a investigação, essas são características descritas por testemunhas quanto ao perfil da agressora e não ao contrário.
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Ela está solta porque não há mandado de prisão expedido contra ela.
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A agressora contou ao delegado Ronnie Esteves que no sábado (16) o marido teria tido uma crise de ciúmes e os dois começaram a discutir. Ela disse que estava no sofá, de costas para Rafael, que estaria sentando junto à mesa. Em determinado momento o homem a teria agarrado pelo pescoço. Foi quando a agressora conseguiu pegar a faca.
— Ela fala que alcançou um objeto, que não sabia que era uma faca, e o rafael teria ido de encontro a esse objeto. Que ela não desferiu a facada nele — conta o delegado.
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O casal estava junto há sete anos e há cerca de um vinha se desentendo por causa de ciúmes e possessão, disse a mulher à polícia. Entretanto, as investigações indicam uma realidade bem diferente.
— No curso dessa investigação a gente vem tomando alguns depoimentos que apontam exatamente ao contrário. Ela que era ciumenta, possessiva, o Rafael não podia fazer nada, ela agredia ele — conta Ronnie.
Rafael teria tentando sair do apartamento após ser golpeado no peito. A mulher, de 30 anos, teria conseguido contê-lo e o chutou repetidamente no corredor do prédio. Questionada, ela disse que era para fazer o homem levantar. De acordo com a polícia, a agressora carregou o corpo para dentro da casa, limpou o chão e depois fugiu.
Interrogada sobre o porquê não chamou o socorro, disse que estava nervosa e decidiu ir até a casa dos pais, onde a Polícia Militar teria sido alertada sobre o crime. Segundo o delegado, a PM de fato recebeu um chamado naquele endereço tratando de violência doméstica, mas ao chegar ao local nada teria sido encontrado.
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No dia seguinte ao crime, manhã de Domingo de Páscoa, o advogado da mulher procurou novamente as autoridades para informar sobre o caso. Os agentes precisaram arrombar a porta para entrar no imóvel e encontraram Rafael morto. A vítima não tinha nenhuma passagem pela polícia e nenhuma queixa contra ele por violência doméstica.
A Polícia Civil tem 30 dias para concluir inquérito e decidir se pedirá a prisão da mulher. O delegado ainda aguarda laudos para auxiliar na elucidação do caso e verificar a vesão da agressora.
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