Três dias após o início das investigações, a Polícia Civil do Vale do Araranguá prendeu o suspeito de matar Brenda Rocha Carvalho, 14 anos. Ao delegado Lucas da Rosa, o homem de 30 anos disse que tinha envolvimento com a mãe da adolescente e que convenceu a menina a entrar o carro pois queria conversar sobre isso. Quando ela pediu para descer, ele disse que ficou com raiva e a atacou com uma faca.

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Desde que o corpo da menor foi encontrado, na manhã de sábado, em Passo de Torres, a Polícia Civil iniciou um trabalho em conjunto. Na cidade de Maracajá, onde Brenda morava com a mãe Cristina Rocha Machado, 32 anos, imagens de câmeras de segurança ajudaram a identificar o veículo, um Gol verde escuro.

Suspeito participou do velório

Ao ouvir testemunhas e familiares, o acusado foi um dos entrevistados, já que era conhecido de Cristina e participou do velório de Brenda. Nas redes sociais, ele publicou uma foto da menina com os dizeres "luto pela Brenda".

— Na delegacia um indivíduo começou a apresentar comportamento estranho, ele era próximo da família. Começamos a investigar a vida desse rapaz e vimos que tinha um veículo com as mesmas características. Fomos confrontar horários, ele tinha vindo para Maracajá naquele dia (sexta-feira), e depois tinha retornado para o Rio Grande do Sul — detalhou da Rosa, que é o titular da Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Araranguá.

Com um volume substancial de provas, o delegado representou pelo pedido de prisão temporária e busca e apreensão do veículo, pois existia a possibilidade das agressões terem iniciado ainda dentro do carro, o que será confirmado ou não pela perícia.

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— Pelas imagens a gente percebe que o veículo vai ao lado dela, ela não é forçada a entrar, ninguém desce do carro. Essa situação nos levou a crer que seria uma pessoa próxima dela, por isso a gente suspeitou desse indivíduo, além de todo comportamento que ele vinha tendo, que chegava para nós através de rede social ou repassado pela família. A gente começou a concluir que ele pudesse ser o suspeito e direcionamos toda nossa investigação para esse rapaz — comentou.

Com o aval do poder judiciário, os policias foram até Três Cachoeiras, onde o suspeito morava, porém ele não foi encontrado. Surgiu então a informação de que ele estaria internado em um hospital na cidade vizinha, e a Civil de Torres foi acionada. O homem estava na companhia da mãe dele quando foi preso, e o médico informou que o homem disse, no atendimento, que havia ingerido veneno de rato.

Raiva e ciúmes

Durante a perícia no veículo, o delegado da Rosa questionou o suspeito sobre o que tinha acontecido. O homem contou como convenceu a menina a entrar no carro, e disse ao delegado que tinha envolvimento com a mãe dela. Porém, como Cristina havia saído com outras pessoas, ele ficou com raiva e em razão disso praticou o crime.

Nos sistemas policiais, o homem não possui nenhum registro relevante que possa indicar comportamento agressivo anterior. Ele vai ser interrogado para dar mais detalhes sobre o crime e encaminhado ao presídio. O delegado vai representar por um pedido de prisão preventiva, em substituição à temporária.

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A faca utilizada no crime estava sem um rebite, que foi encontrado junto ao corpo (Foto: Guilherme Hahn, Especial)

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