A desarticulação política do governo estadual na área da saúde continua inexplicável. Há meses os hospitais filantrópicos se queixam de atraso no pagamento por serviços prestados a milhares de pacientes em 2015. Segundo a Associação e a Federação dos Hospitais, a dívida da Secretaria da Saúde está em R$ 56 milhões.

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Mergulhados em dívidas que hoje atingem mais de R$ 300 milhões, os dirigentes dos hospitais vêm apelando pelo pagamento, a fim de reduzirem os créditos dos fornecedores que os colocam na UTI. O presidente da Assembleia Legislativa propôs a utilização de R$ 50 milhões de aplicação bancária do que foi economizado no ano passado. Dinheiro carimbado para tentar amenizar o drama dos hospitais. Bancadas ficaram divididas sobre qual secretaria deveria gerir os recursos. Merisio temia que entrasse no caixa único da Secretaria da Saúde e os hospitais continuassem na miséria. O PMDB e o PT insistiram em destinar os R$ 50 milhões à Secretaria da Saúde.

A matéria foi alvo de muitos debates, entrou na geladeira e, finalmente, foi aprovada pelos deputados. Os R$ 50 milhões do fundo foram liberados, com um acréscimo de mais R$ 56 milhões. Os hospitais vibraram. Os dirigentes hospitalares foram conferir e vieram duas bombas: 1) A lei dos R$ 50 milhões para o Fundo dos Hospitais obriga uso dos recursos só para novas cirurgias. Não podem ser usados no pagamento de dívidas. 2) Os R$ 56 milhões adicionais serão destinados ao custeio da secretaria. Enquanto isso, milhares de pacientes sofrem nas filas e outros padecem sem cirurgias. E repetem que a prioridade do governo é a saúde.

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