O Outubro Rosa é um movimento internacional que chama a atenção para a luta contra o câncer de mama e estimula a participação da população, empresas e entidades nesta causa. Diversas ações são realizadas para alertar as mulheres para que façam o autoexame e, a partir dos 50 anos, realizem a mamografia, que diminui os riscos nesta faixa etária. O tema nos remete a um procedimento que pretende evitar o câncer de mama, conhecido como mastectomia preventiva.
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O termo mastectomia preventiva ou mastectomia profilática envolve a remoção de uma ou ambas as mamas para prevenção ou redução do risco para desenvolver o câncer de mama. Antes de decidir se deve ou não realizar o procedimento, o médico irá avaliar o risco que cada paciente tem para desenvolver a doença. Vários critérios são utilizados para calcular esse risco, entre eles podemos citar: história familiar de câncer de mama, resultados positivos do teste genético – ainda pouco utilizado no Brasil devido ao alto custo – e se a mullher foi submetida à radioterapia antes dos 30 anos de idade na região torácica, pois neste cas, aumenta o risco de desenvolver o câncer de mama por mutações das células do tecido mamário. Baseado nesses fatores, o médico irá determinar se é o caso de realizar a mastectomia preventiva, removendo todo o tecido mamário, preservando a pele, aréola e mamilo. Na mesma cirurgia, coloca-se uma prótese mamária para repor o que foi removido.
No Brasil, a mama é o órgão que mais representa a sensualidade das mulheres, então este tipo de intervenção era pouco aceito até há alguns anos. Porém, como se observa um número muito crescente no câncer mamário, a mastectomia preventiva cada vez mais terá seu lugar como uma alternativa para a redução dessas estatísticas. É fundamental ressaltar também que tal procedimento enquadra-se em cirurgia plástica reconstrutiva, e não estética, pois visa a restabelecer um órgão retirado, e não o aumento das mamas em si.