Um cirurgião-dentista de Criciúma, no Sul de Santa Catarina, é investigado por exercício ilegal da função, segundo o Procon de Santa Catarina (Procon-SC). Ele foi denunciado por realizar procedimentos restritos a médicos. As informações são do g1 e da NSC TV.
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O cirurgião-destinsta recebeu uma notificação na sexta-feira (30) e teve o registro profissional suspenso por 30 dias. Segundo Mariah Martins, advogada-chefe da corregedoria do Conselho Regional de Medicina do Estado de Santa Catarina (CRM-SC), muitas das denúncias partiram das redes sociais.
— A gente identificou pelas imagens nas redes sociais dele que ele estava fazendo uma cirurgia aberta na face, o que é vedado, isso é ato médico. Além dessa imagem, havia um outro procedimento em que ele estava tirando gordura do abdômen e injetando isso na face, o que também é vedado, é ato privativo da atividade médica — disse a advogada-chefe.
De acordo com o conselho, o cirurgião-dentista realizava procedimentos como lifting facial e lipoenxertia facial, que só podem ser feitos por profissionais da medicina. Além disso, foram encontrados na clínica dele anestésicos que são vendidos exclusivamente com prescrição médica.
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— O crime de exercício irregular da profissão já está caracterizado pela materialidade que nós já temos. Também foram encontrados medicamentos aos quais ele não poderia ter posse porque ele não pode fazer esses procedimentos invasivos — completou a diretora do Procon-SC, Michele Alves.
A operação foi feita no bairro Pio Corrêa, onde fica a clínica do cirurgião-dentista.
A ação foi feita pela Comissão de Combate ao Exercício Ilegal da Medicina, criada pelo CRM-SC em colaboração com a Polícia Civil, Ministério Público, Procon e Vigilância Sanitária. A operação também teve o apoio do Conselho Regional de Odontologia de Santa Catarina (CRO-SC).
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Como denunciar
A diretora do Procon-SC ainda disse que os consumidores podem fazer denúncias em casos suspeitos de procedimentos estéticos.
— É importante que as pessoas saibam que é possível denunciar se elas ficarem insatisfeitas, ou denunciarem um erro médico ou uma situação que foi mal resolvida, porque há muitas pessoas fazendo procedimentos estéticos sem habilitação para isso — afirmou Alves.
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