Ciro Gomes (PDT) anunciou, em pronunciamento convocado para a manhã desta segunda-feira (26), que não irá desistir de sua candidatura à Presidência da República. Em curta live transmitida às 10h, em que esteve cercado de aliados, ele condenou a estratégia do voto útil, que tenta encerrar o pleito presidencial já no primeiro turno, após emendar críticas a Jair Bolsonaro (PL) e Lula (PT), à frente nas pesquisas eleitorais.
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Durante a transmissão, o pedetista fez a leitura de um documento que chamou de “Manifesto à Nação”, nome que também usou para convocar o evento, o que gerou expectativa prévia de que ele pudesse mudar os rumos da candidatura. Ele iniciou o texto afirmando ser vítima de uma campanha de intimidação e destruição de imagem e emendou que não irá abrir mão de concorrer à Presidência da República, enquanto fez críticas com as quais comparava seus principais adversários.
— Hoje a máscara dessa farsa cobre duas faces que, mesmo possuindo certos conteúdos e contornos diferentes, trazem de forma profunda a matriz histórica dos erros que há décadas atrasam o Brasil e escravizam o nosso povo. É essa matriz, escrava de um modo corrupto de governar e de um modelo econômico submisso aos interesses do mercado financeiro, que une Lula e Bolsonaro — disse.
Ao encerrar a leitura da carta, Ciro criticou a estratégia do voto útil, que tenta persuadir eleitores de candidatos com menor projeção de votos, caso do próprio pedetista, a votarem já em primeiro turno nos nomes com maior apelo até aqui.
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— Na reta final da campanha mais vazia história, embalam tudo no argumento do voto útil. Com essa pregação, querem eliminar a liberdade das pessoas de votarem no regime de dois turnos, querem privá-las do direito de expressar seus sonhos e de testar a força de suas posições, enriquecendo o debate — afirmou o pedetista.
Pesquisa Datafolha recente identificou que 11% dos eleitores brasileiros afirmam que podem mudar de candidato no primeiro turno da eleição presidencial e apoiar aquele que estiver em primeiro lugar nas projeções de intenção de voto.
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