A partir de hoje o vento terá companhia no litoral Norte da Ilha de Santa Catarina com o início do 24ª Circuito Oceânico. São esperadas 30 embarcações na sede do Iate Clube de Santa Catarina em Jurerê para a disputa da prova que é uma das três maiores do Brasil junto com llhabela (SP) e Búzios (RJ). A prova contará com quatro modelos diferentes de classe, com destaque para os velozes barcos C30, e terá regatas curtas próximas à praia e regatas mais longas em mar aberto.

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– As regatas são muito técnicas, é preciso ter conhecimentos sobre influência de marés e até mesmo geografia local – explica Fábio Filippon, comandante do Katana (C30).

Durante os quatro dias de competições estão previstas seis regatas para as classes ORC, C30 e HPE25 e quatro regatas para as classes BRA- RGS. Em todas as categorias, uma das regatas será longa/média (dependendo do tamanho do barco) e as demais em Barla-Sota, que são as regatas curtas. As largadas estão marcadas para às 12h, exceto as de longa/média que serão às 11h.

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Filippon, comanda a atual equipe campeão da classe C30 e tentará manter em Santa Catarina. Em 2013, a decisão ficou para a última regata e o título veio em uma combinação resultados surpreendente. Entre os barcos de RGS, o Bruxo, de Luiz Carlos Schaefer, detém o título de 2013, após uma campanha impecável na raia de Jurerê, com cinco vitórias em seis regatas.

Na classe ORC, o título pertence ao veleiro do Rio de Janeiro, única equipe fora do Estado da vencer em 2014. No comando está o velejador Peter Siemsem que ressaltou a importância do evento em Santa Catarina.

– Com certeza, Jurerê é uma das raias mais atrativas do Brasil. Além do Rio de Janeiro e Salvador, é um dos lugares na costa brasileira que mais atraí os velejadores – avalia Siemsem.

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Mas neste ano, o Itajaí Sailing Team chega com força para garantir o título da classe em Santa Catarina. O projeto da cidade ganhou força ao ser sede da Volvo Ocean Race, corrida mundial de vela, e o comandante Avelino Alvares conta com uma equipe experiente de tripulantes.

Conheça os barcos e algumas diferenças entre eles

Assim como a ORC, A BRA-RGS segue regras estipuladas, neste caso a Regra Geral Simplificada, adotado no Brasil. Considerado um barco monotipo, variam de 25 a 50 pés (entre 8 e 16 metros aproximadamente). São medidos através dessa regra brasileira feita para tentar equiparar os barcos de diferentes tamanhos. São levados em consideração 150 itens do barco, como peso, linha d´água, área vélica, para se definir um índice, chamado de rating. Cada barco possuí um índice e após o tempo final de regata se aplica esse rating para definir o tempo corrigido. Ou seja, não será o vencedor necessariamente o veleiro que cruzar a linha de chegada em primeiro.

O HPE 25

Segue a mesma linha, mas são barcos de 25 pés e não tão modernos (há apenas dois inscritos na prova deste ano).

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A ORC é uma classe que segue regras estipuladas. O certificado da Offshore Racing Council, é emitido na Inglaterra e utilizada em diversos países. No Circuito Oceânico, os barcos da classe variam de 28 a 52 pés (entre 8,5 e 17 metros) e, assim como na RGS, existe um rating para cada barco de acordo com sua capacidade de performance. No entanto, na ORC 600 itens são levados em consideração para se definir esse índice, tornando o tempo corrigido ainda mais preciso. Diferente dos barcos monotipos, nessa classe o veleiro é fundamental para definir o resultado da categoria.