Quem passou pela Rua das Palmeiras neste final de semana em Joinville pôde se surpreender com a transformação de um dos principais cartões-postais da cidade em um espaço de arte, lazer e gastronomia a céu aberto.
Continua depois da publicidade
O evento ‘Caminhos de Joinville’, que representa a terceira etapa do projeto Joinville que Queremos – em prol da revitalização da área central – mobilizou centenas de joinvilenses no sábado e domingo (14) com muita música, dança, intervenções artísticas e food trucks, além de englobar a tradicional Feira do Príncipe, o Projeto Transitando Gidion e um espaço Kids.
'Joinville que Queremos' leva movimento à Rua das Palmeiras, símbolo do Centro da cidade
Talentos locais se apresentaram e encantaram o público, como as vozes do Coral da Univille; os bailarinos da Escola Municipal de Ballet da Casa da Cultura; as bandas Commando 47 e RW; a cantora Felicia Oliveira e os irmãos Feitosa. Houve ainda oportunidade de a comunidade registrar o momento em uma cabine de fotos e testar o serviço ‘goMOOV’, de compartilhamento de patinetes, bicicletas e scooters elétricas da startup joinvilense AllMobility.
As atrações tomaram a Rua das Palmeiras e a Rua Rio Branco desde às 18 horas de sábado, com show de abertura com a Commando 47 – eleita a melhor banda do Estado em 2017 no Prêmio da Música Catarinense – e seguiu até às 16 horas deste domingo, com encerramento feito pela RW, contendo uma releitura de grandes clássicos da música nacional.
Continua depois da publicidade
— Eventos desse nível são de suma importância para aproximar os artistas e a comunidade joinvilense — reiterou o músico Ricardo Wack.

Respiro cultural
A aposta em requalificar o Centro e ocupá-lo como um espaço cultural acessível deu certo. O público presente nas atrações deste domingo destacou o movimento como vibrante.
— O Centro tinha que ter sido resgatado faz tempo e usar a arte para isso é maravilhoso, porque é algo que muita gente ainda não valoriza e que muitos talvez nem sabem que existe aqui. E Joinville é uma cidade tão rica culturalmente, é preciso expor a arte que é produzida aqui — destaca a moradora Cidineia Henz.

Cidineia participou do evento para conferir a primeira apresentação da filha em um evento aberto à população em um espaço público. Clara Helena tem oito anos de idade e dança desde o três, encantando o público junto do grupo de bailarinos da Casa da Cultura.
Continua depois da publicidade
— Eventos abertos como esse devem ser feitos com mais frequência porque os artistas da cidade têm muito a mostrar. Muita gente acaba indo para Curitiba prestigiar os eventos de lá e não participa muitas vezes aqui ou por não ter ou por não serem acessíveis. E essa oportunidade de hoje é importante para abrir este caminho —, completa a mãe da pequena joinvilense.

Gabriela da Luz Pousa, 35, concorda. Ela também foi até o evento motivada pelo filho Gabriel Augusto, de 11 anos, que dança Jazz e ficou atento ao ver os colegas no palco.
— Gostaria que tivessem mais eventos como este, as apresentações são lindas e a feira (do Príncipe) em si chama a atenção, porque é algo valorizado nas outras cidades e deve ser fortalecida em Joinville — pontuou Gabriela.
Outra família satisfeita com a mobilização na área central foi a da psicóloga Francine de Quadros e da pequena Helena, de seis anos, que aproveitou o domingo ensolarado para brincar e pintar o rosto.
Continua depois da publicidade
— O Centro está diferente hoje, pela ocupação, está em movimento. Isso traz mais vida para a Região. Eu morava em Florianópolis antes e percebo que o Centro lá também era um ponto difícil e que não tinha ocupação das pessoas. Essa iniciativa traz essa circulação de pessoas, com crianças, brinquedos. E essa alegria das pessoas estarem circulando com segurança também torna o evento especial — reforça Francine.

Importância do evento
Familiares e amigos que contemplaram o espaço no sábado ressaltaram a importância da promoção de eventos como o ‘Caminhos de Joinville’.
— Joinville sente muita falta dessas coisas, é raro ter evento de rua. Eu gosto muito e, na minha opinião, poderia ter mais — disse Charlyenara da Silva Pires, de 20 anos, na ocasião.
— Acho que eventos como esses mostram como a cidade pode ser mais aproveitada — completou a jovem.
Muitas famílias também prestigiaram e aprovaram o circuito cultural, como é o caso de Ricardo Ramos, de 34 anos, sua esposa Naiara Wess e o filho de 12 anos do casal.
Continua depois da publicidade
— Viemos, principalmente, por causa da música ao vivo e dos food trucks — destaca.
Ricardo também pontua a necessidade de uma maior movimentação da região central.
— É muito importante porque não tem tanta coisa como tinha antigamente em Joinville. Tem gente que sai de cidade por falta de opção, principalmente em busca de atividades ao ar livre. Joinville deixa muito a desejar nessa parte cultural — comenta.
De acordo com a Prefeitura de Joinville, idealizadora do ‘Caminhos de Joinville, essa primeira intervenção serve como teste para que novas mobilizações venham a ocorrer nas principais vias centrais de Joinville. A intenção é tornar o lugar um distrito cultural a curto e médio prazo.
O projeto Joinville que Queremos, também é promovido pelo jornal A Notícia e NSC Comunicação.
Confira como foi o evento
Veja também: