A Cipla, empresa de Joinville, teve o parque fabril vendido por R$ 65,6 milhões em um leilão. Com pagamento à vista, o empreendimento estava avaliado em R$ 131,3 milhões e o valor da alienação correspondeu a 50% da avaliação. Essa é uma das maiores vendas já registradas na Justiça de Santa Catarina. 

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O comprador foi uma empresa de São Paulo e deve fazer a transição da gestão nos próximos dias. A expectativa é que a nova gestão mantenha os quase 300 funcionários que estão empregados no local atualmente. 

A Cipla estava sob intervenção judicial desde 2007 e teve a falência decretada com continuidade do negócio. A área total é de 5,5 mil metros quadrados e fica localizado no bairro Bucarein. 

A Cipla foi fundada em 1963 e chegou a integrar um grupo com outras empresas. O histórico de gestão é conturbado, com interrupção no recolhimento de tributos e pagamento de obrigações trabalhistas, relatos de abandono dos sócios e proprietários, movimentos grevistas por parte de funcionários e intervenção judicial inicialmente liderada por Rainoldo Uessler, ex-administrador judicial da Busscar falecido em 2017. A unidade de termoplásticos que irá a leilão é a única remanescente do conglomerado.

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O grupo como um todo tem uma dívida superior a R$ 1 bilhão. Costa admite que o passivo é impagável, mas ressalta que um futuro administrador não herdaria o rombo, podendo se concentrar na operação já existente. O administrador judicial da Cipla cita números para sustentar que o negócio seria rentável. Desde que assumiu a gestão, em 2019, o faturamento saltou de R$ 56,8 milhões para R$ 90 milhões, enquanto o resultado da atividade mais que dobrou, de R$ 7,1 milhões para R$ 18,7 milhões.

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