Parte das cinzas do escritor Salim Miguel, 92 anos, que morreu na noite desta sexta-feira, em Brasília, devem ser lançadas sobre terras catarinenses no mês de maio. A família ainda não decidiu a data e o local onde isso deva ocorrer. A cerimônia, que atende a um desejo do próprio escritor, será tratada entre familiares e amigos que vivem em Santa Catarina nos próximos dias. O corpo será cremado durante a semana, na Capital Federal. A família ainda aguarda pela liberação de documentos.

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Escritor Salim Miguel morre em Brasília

_ Estamos emocionados com as manifestações de respeito e de carinho dos catarinenses para com nosso pai_ declarou o jornalista Veet Vivarta, um dos filhos.

Para Vivarta, é natural que parte das cinzas venham para a terra que tão bem acolheu e reconheceu a obra de Salim. Outra parte ficará em Brasília, onde Salim e a esposa Eglê Malheiros moraram nos últimos três anos. A transferência ocorreu para que o casal ficasse próximo de três dos cinco filhos.

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Vivarta falou da forte ligação com a cidade de Biguaçu, onde Salim ainda criança foi morar com os pais. E citou Florianópolis, onde passou parte da vida trabalhando e residindo.

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Salim estava internado em estado grave na UTI do Hospital Santa Luzia desde 7 de abril. O quadro se agravou a partir de fevereiro e ficou mais delicado nos últimos 15 dias. Ainda que sofrendo pela perda, Vivarta lembrou que a vida longa e boa que Salim teve ameniza a dor do momento. Disse também que apesar de fragilizada, Eglê Malheiros, com quem Salim viveu por 70 anos e teve os filhos, encontra-se bem.

_ Não é fácil, mas faz parte do processo..

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