O prefeito de Corupá, Luiz Carlos Tamanini (PMDB), está em tratativas para municipalizar a Escola São José. Na semana passada, o Estado anunciou que fechará a unidade e transferirá todos os mais de 500 estudantes para a Escola Teresa Ramos no ano que vem. Como a notícia foi mal recebida pela comunidade corupaense, que tem laços afetivos com a escola de 87 anos, o interesse político entrou em ação. Tamanini pretende ainda hoje ou amanhã se reunir com o secretário de Estado de Educação, Eduardo Deschamps, para discutir o tema. O deputado Carlos Chiodini ficou de marcar a reunião. Tamanini afirma que os recursos para custear a municipalização viriam do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), do governo federal. Assim, entende que não haveria despesas para a Prefeitura. Mas como o levantamento de alunos para 2017 já foi feito em agosto, precisaria ser firmado um convênio para transferir os recursos que o Estado receber para o município. O prefeito atual defende também que o município seja responsável pela escola porque hoje a tendência é que as prefeituras fiquem com o ensino fundamental, e o Estado, com o ensino médio. A São José atende do 1º ao 9º ano.
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Eleito diz que não é momento
Já o prefeito eleito João Gottardi (PP) afirma que as coisas não são tão simples assim. Gottardi também quer municipalizar, mas diz que não pode ser tão repentino. Argumenta que os recursos do Fundeb só viriam no fim de 2017 e que a Prefeitura não teria caixa para manter a escola durante todo o ano. A intenção do eleito é pleitear que o Estado mantenha a São José por mais um ano, para em 2018 municipalizar.
Outras medidas na Educação
Nesta segunda-feira, a gerente de educação Cristiana Poltronieri Ziehlsdorff anunciou mais medidas de remanejamento em escolas da região. A intenção é ocupar espaços ociosos e economizar. Em Jaraguá do Sul, três escolas passarão por mudanças. A Erich Gruetzmacher, no bairro Três Rios do Sul, deixará de ter o ensino médio diurno.
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As matrículas passarão para a Escola Professor Lino Floriani, no Santo Antônio. A intenção é abrir mais vagas no ensino fundamental para atender ao bairro Três Rios do Sul. Já a Escola Giardini Lenzi, na Vila Lenzi, que tem extensão na Santo Estevão, passará a ocupar gradativamente salas na Escola José Duarte Magalhães, na Barra do Rio Cerro. A outra mudança é para a Escola Professora Lília Ayroso Oeschler, no bairro Ilha da Figueira. O ensino médio noturno será fechado na unidade. Os alunos deverão procurar a Holando Marcelino Gonçalves, no mesmo bairro, ou a Albino Tribess, no Vieiras. A gerente de educação argumenta que a Santo Estevão e a Lília Ayroso têm hoje turmas de apenas 18 alunos.
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Contaminação no rio Itapocu
Técnicos do Samae identificaram nesta segunda-feira uma mancha de óleo perto da captação do rio Itapocu. Uma barreira de contenção impediu que o resíduo entrasse na estação de tratamento. A galeria de onde vinha o óleo foi identificada. Agora, uma investigação apurará quem são os responsáveis. O diretor-presidente do Samae, Ademir Izidoro, conta que essa é a quarta vez em menos de trinta dias que isso acontece. Em uma das ocorrências, a estação parou por mais de cinco horas.