O acumulado da balança comercial de Jaraguá do Sul no primeiro quadrimestre tem os piores índices em dez anos. De janeiro a abril, a cidade exportou US$ 151,5 milhões e importou US$ 81,4 milhões. Para se ter uma ideia, no primeiro quadrimestre do ano passado, quando a crise já puxava os números para baixo, as exportações ficaram em US$ 225,8 milhões e as importações atingiram US$ 129,3 milhões. Comparando-se os números dos dois anos, é possível perceber um saldo menor entre as operações, ressaltando a queda na balança.
Continua depois da publicidade
As razões
A crise interfere nesses resultados, mas há outros fatores. O alto custo do dólar afeta as importações, deixando os produtos estrangeiros muito caros para a venda aqui. Já um movimento que pesa bastante na redução das exportações jaraguaenses é a internacionalização das indústrias. Como algumas empresas aumentaram a quantidade de fábricas fora do País, clientes em outros continentes passam a comprar também de outras plantas.
Leia as últimas notícias de Jaraguá do Sul e região.
Confira outras colunas de Cinthia Raasch.
Continua depois da publicidade
Transferências em queda
Não é novidade que os repasses que chegam aos municípios estão menores. E isso não é exclusividade de Jaraguá. Os dados apresentados nesta semana pela direção do Instituto Jourdan dão mais clareza da dimensão das perdas. As transferências de receitas da União e do Estado que vêm para Jaraguá caíram para índices menores daqueles alcançados em 2014. A soma de repasses, como ICMS, Fundeb e FPM, do primeiro quadrimestre de 2016, ficou 8% menor que os valores de 2015. Por outro lado, as receitas próprias da Prefeitura, com tributos como IPTU, ISS e ITBI, aumentaram quase 7%. Mas não foi o suficiente para manter as contas no mesmo patamar do ano passado. A diferença entre o que o município arrecadou sozinho e o que deixou de vir de outras esferas gerou um caixa até abril 3% inferior aos primeiros quatro meses de 2015. Como nessas contas não entra a inflação acumulada, as perdas são ainda maiores.
Unificação
As mudanças na Malwee devem ir até novembro. Com a desativação da fábrica da LMG, gradativamente, os aproximadamente 800 funcionários serão transferidos para a matriz da empresa, concentrando a produção numa planta só. Com a medida, a expectativa do Sindicato dos Vestuaristas é de que as demissões cessem e ocorram apenas adequações em alguns setores. Desde o começo do ano, a empresa dispensou cerca de 500 trabalhadores.
Obras em Corupá
O município vai ganhar a quinta ponte de instalação rápida da Defesa Civil do Estado. O kit vai ser montado na localidade de Guarajuva. A ponte substitui um pontilhão destruído por enxurradas. Ainda em Corupá, começaram os trabalhos de pavimentação em novo trecho da Roberto Seidel, um pouco depois da entrada para o Seminário. Somando os três segmentos de obras, a rua vai ganhar mais 2,65 quilômetros de asfalto, com custo de R$ 2,3 milhões. Os recursos são do Badesc, convênio com o governo do Estado, moradores e Prefeitura de Corupá.