A novidade de que Blumenau terá cinema ao ar livre – no sistema drive in (dentro dos carros) por conta da pandemia do novo coronavírus – não é tão novidade assim para uma parcela da população que viveu a Blumenau dos anos 1960. À época, as projeções de filmes encantavam os moradores, que se aglomeravam em praças para assistir o selecionado da vez.
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Conforme a historiadora Sueli Petry, a atração ocorria nos bairros, em uma praça da Rua XV de Novembro, no Centro, e até nos salões das sociedades de Caça e Tiro. Havia quem levasse um banquinho de casa para ficar mais confortável, mas não tinha luxo: os jovens sentavam no chão, nas cercas ou nos barrancos. Os mais orgulhosos permaneciam em pé durante a sessão. O importante era não desgrudar os olhos da tela projetada.
O cinema ao ar livre ocorreu na gestão do ex-prefeito Carlos Curt Zadrozny, entre 1966 e 1969. Porém, a cidade foi referência no entretenimento desde o começo daquele século, sendo pioneira no estado ao trazer a máquina projetora e dar início à imersão cinematográfica dos catarinenses.
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E agora, a terra do Cine Busch e do cinéfilo blumenauense Herbert Holetz não vai ficar de fora da “tendência” do momento. Com os cinemas fechados por conta da pandemia da Covid-19, os drive-in ressurgem numa tentativa de oferecer o lazer sem aglomeração de pessoas. Basta saber se cairá na graça do público como caiu o modelo dos anos 1960.
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