As cinco parlamentares catarinenses que receberam ameaças de morte via e-mail institucional participaram, nesta quarta-feira (8), de um ato de solidariedade na Câmara Municipal de Florianópolis. As vereadoras de diferentes cidades do estado estiveram na Casa com um cartaz: “Eles combinaram de nos matar, nós combinamos de não morrer!”, dizia. As informações são do g1.
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Carla Ayres (PT), parlamentar em Florianópolis, Maria Tereza Capra (PT), que teve o mandato cassado em São Miguel do Oeste, Ana Lúcia Martins (PT), de Joinville, Giovanna Mondardo (PCdoB), de Criciúma, e Marlina Oliveira (PT), que atua em Brusque, receberam e-mails parecidos.
Ana Lúcia e Marlina, além de ameaça de morte, receberam ofensas racistas. Carla Ayres sofreu ainda, no conteúdo do e-mail, ofensas lesbofóbicas. Maria Tereza é citada em ambos os e-mails, com ameaças de morte, por ter denunciado a suspeita de um gesto nazista feito durante um ato antidemocrático em Santa Catarina, em novembro. Giovana foi chamada de comunista e recebeu insultos.
O que se sabe sobre os casos das quatro vereadoras de SC ameaçadas de morte
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— Estamos aqui para tratar da violência política de raça e de gênero que atravessa todas nós — afirmou Marlina Oliveira.
“A vitória final virá e iremos matar você”. “Seus dias e os dados [sic] sua família estão contados”, diziam os e-mails. Todos assinados por Vanirto Conrad (PDT), vice-presidente da Câmara municipal de São Miguel do Oeste. Ele negou autoria.
— Se esse e-mail porventura existir, só pode ser fruto de invasão de minhas redes sociais ou de alguém que criou um e-mail falso em meu nome para criar um factoide político — disse Conrad.
A Polícia Civil afirmou que já ouviu as vítimas e apura a complexidade das ameaças para garantir a segurança das parlamentares.
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