A frequência ideal para realizar consultas ginecológicas depende do momento de vida que a mulher está atravessando. Grávidas, por exemplo, precisam de acompanhamento constante, principalmente a partir da segunda metade da gestação. Para mulheres em tratamento hormonal, o período recomendado é a cada seis meses. Mas, em geral, considera-se imprescindível passar por um ginecologista pelo menos uma vez por ano.

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Segundo a ginecologista e obstetra Karina Zulli, os motivos que mais levam mulheres à consulta é a prevenção de doenças como câncer de colo de útero ou de mama, irregularidades menstruais, alterações hormonais, planejamento da maternidade, dificuldades sexuais, suspeitas de doenças sexualmente transmissíveis e corrimentos vaginais. Entre as adolescentes, a procura é motivada principalmente pela iniciação sexual e devido a dúvidas quanto ao desenvolvimento do próprio corpo.

Para evitar que a visita ao ginecologista seja emergencial, confira abaixo cinco razões para tornar a consulta ginecológica parte de sua rotina:

1) Prevenir câncer de mama e de colo de útero

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Uma vez que o câncer de mama é o que mais afeta as mulheres, é essencial que o ginecologista examine os seios da paciente e que realize a mamografia, se esta for necessária. Em segundo lugar entre as maiores causas de câncer na população feminina, está câncer de colo de útero, responsável por 15% dos tumores malignos. Para preveni-lo, o teste papanicolau deve ser realizado anualmente, pois é um instrumento de extrema importância para o diagnóstico precoce. “Se a doença for detectada logo no início, as chances de cura podem chegar a até 95%”, enfatiza Karina.

2) Tratar irregularidades menstruais

Cólicas, aumento do fluxo menstrual ou ausência de menstruação são sinais que precisam ser discutidos com um ginecologista. Essas irregularidades devem ser avaliadas por um especialista, já que podem ser sintomas de uma série de doenças como síndrome dos ovários policísticos (ovários aumentados e com cistos), problemas de tireóide (glândula responsável pela produção de hormônios essenciais para o bom funcionamento do corpo feminino) e até desnutrição (decorrente de distúrbios alimentares como anemia e bulimia).

3) Identificar e controlar desequilíbrios hormonais

Perturbações físicas e psicológicas podem facilmente ser consequência de alterações hormonais durante o período pré-menstrual, a gravidez ou a menopausa. A substituição hormonal, se orientada por um ginecologista, pode suprir a falta de hormônios como progesterona, aliviando os sintomas.

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4) Definir métodos contraceptivos

Cada mulher é diferente quando o assunto são métodos contraceptivos. O médico ginecologista é o responsável por ajustar as opções existentes conforme o organismo e as preferências de cada paciente.

5) Tratar disfunções sexuais

“Estima-se que de 19 a 50% das mulheres possuem disfunções sexuais, a exemplo de dores vaginais durante a relação sexual, falta de desejo e dificuldade de atingir orgasmo”, explica a doutora. Os motivos para isso podem ser psicológicos (depressão, timidez, fobia social, transtorno de humor, culpa, ansiedade, estresse, entre outros) ou físicos (baixa testosterona, diabetes, doenças cardiovasculares, uso de drogas, insuficiência renal crônica, deficiência de zinco). O ginecologista pode ajudar a paciente a descobrir causas e soluções para essas disfunções.