Durante o ano passado, os radares de Joinville registraram uma média de 25 multas por hora na cidade. Os 127 equipamentos instalados somaram 224 mil infrações, sendo 21,3% delas registradas em apenas cinco aparelhos. O primeiro lugar no ranking é ocupado pelos dispositivos instalados na avenida Plácido Hugo de Oliveira, no sentido bairro para a BR-101, seguido pelo da rua Visconde de Taunay.
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Até o primeiro semestre de 2017, o aparelho da Via Gastronômica estava no topo da lista, mas foi superado no segundo semestre pelo radar da zona Sul – que registrou quase o dobro de infrações da Visconde. Além dos radares já instalados, outros 13 – previstos no contrato – deverão começar a funcionar no próximo mês. Em 2016, o número de multas registradas foi de 182.722 – 22,6% menor que o contabilizado no ano passado.
Outros três equipamentos aparecem na lista dos que mais registram multas: no terceiro lugar está a avenida Plácido Hugo de Oliveira (no outro sentido da via), seguido pelo radar na esquina das ruas Florianópolis e Graciosa e, por último, o da avenida Marquês de Olinda, entre as ruas Benjamin Constant e a Timbó. Embora exista a lista com os cinco radares que mais multam, a Prefeitura não divulgou a quantidade de multas em cada aparelho.
” (Os radares) custam, em média, entre R$ 50 mil e R$ 100 mil. Da outra vez que divulgamos os números de autuações em cada aparelho houve vandalismo ” explica Glaucus Folster, diretor executivo do Departamento de Trânsito de Joinville (Detrans).
A maioria das autuações envolve infrações por excesso de velocidade. Menos recorrentes, entram na conta as autuações para motoristas que param sobre a faixa de pedestre ou furam o sinal vermelho, quando o aparelho está instalado em um semáforo. Folster explica que o objetivo da instalação dos aparelhos não é a arrecadação de recursos, mas a prevenção de acidentes nos locais dos equipamentos.
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” Quando a gente coloca um radar não prevê a quantidade de multas que ele irá aferir, mas a quantidade de acidentes que ele vai evitar “destaca Folster.
Segundo o diretor, o objetivo de evitar acidentes está sendo cumprido, já que onde há radares instalados, o número de incidentes quase zerou. A quantidade de ocorrências caiu e, quando existem, são menos graves. Com a divulgação do ranking, a Prefeitura pretende fazer com que os motoristas identifiquem os pontos de mais atenção e evitem ainda mais acidentes.
Para Folster, não há como explicar o porquê de o aparelho da Visconde liderar o ranking em 2017 e ter sido ultrapassado pelo da rua Plácido Hugo de Oliveira no final do ano. Segundo ele, não é possível-prever o comportamento das pessoas? no trânsito.
VALORES ARRECADADOS E MULTAS POR AGENTES
Somente no ano passado, aproximadamente 3 mil acidentes com vítimas ocorreram em Joinville na área urbana. Segundo o diretor do Detrans, a meta é, em cinco anos, diminuir o número para 2 mil. Além das multas registradas pelos radares, ainda há mais 50 mil que foram computadas pelos agentes de trânsito, totalizando cerca de 274 mil autuações em 2017. As multas geraram uma arrecadação de pouco mais de R$ 30 milhões.
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” Este dinheiro é basicamente investido em três áreas: fiscalização (equipamentos e agentes têm um custo); a parte administrativa (cadastro dessas infrações e registro dos pontos nas carteiras dos condutores, por exemplo); e a sinalização viária e prevenção de acidentes (manutenção de sinaleiras, faixas de pedestres e investimento em educação no trânsito, como a Escola Pública de Trânsito)” esclarece.
Em Joinville, há aproximadamente 400 mil veículos cadastrados. O diretor explica que, do total de condutores, somente 30% deles tiveram autuações, e apenas 5% deles representam 90% do total de multas registradas.
Cerca de 5.200 dos condutores multados solicitaram recurso às autuações registradas em 2017. O maior índice dessas defesas é solicitado para multas expedidas por agentes de trânsito.
” A percepção de fé pública do agente fiscalizador é um pouco difícil por parte da população. Por exemplo,”o agente disse que eu estava falando no celular, mas ele só viu?. Para as pessoas, não tem nenhuma -comprovação”. Já nas multas dos radares tem a prova, a imagem do veículo” avalia.
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