No primeiro dia de greve dos agentes penitenciários em Joinville, pelo menos cinco presos passaram o dia na delegacia, sem banheiro e alimentados por familiares que foram autorizados a entregar sanduíche e um refresco. Todos os agentes do presídio de Joinville aderiram à greve, o que inviabiliza a entrada de novos presos temporariamente. Além disso, eles não estão realizando a escolta de presos.

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Sobre as escoltas dos envolvidos nos casos Arena (dois réus terão audiência amanhã) e Ítalo (réu será julgado na quinta-feira), Ferdinando da Silva, um dos líderes do movimento, diz que a determinação virá da Vara de Execução Penal.

– Até agora, a estratégia é a de não fazer a escolta. É provável que o juiz peça para a Polícia Militar conduzir a ação. Enquanto isso, estamos mantendo a ordem com os internos (presos) – comentou.

Segunda-feira, houve reunião na Capital com o diretor do Departamento de Administração Prisional (Deap), Leandro Lima, para tentar resolver o impasse. O diretor pretendia fazer um comunicado oficial para os agentes até o fim da noite. Silva ressaltou que, mesmo em greve, os agentes continuam dando atendimento aos presos e às visitas de familiares.

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– Por ora, não atendemos advogado, não recebemos presos e não conduzimos ninguém. O objetivo é atingir o governo do Estado através da Polícia Civil – acrescentou.

O juiz da Vara de Execução Penal, João Marcos Buch, frisou segunda-feira que não admitirá a permanência de presos em delegacias por mais de 24 horas. Buch está no RS, em um mutirão carcerário, mas já delegou ao juiz substituto Rogério Manke o monitoramento da situação.

– Entendo a situação do delegado, mas esta situação deve ser resolvida junto às secretarias de Segurança Pública e de Justiça e Cidadania. Os presos não podem permanecer em local que não é próprio para sua manutenção – completou Buch.

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